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Juliana de Faria

Atrasos dos aviões fazem o movimento na rodoviária do Tietê aumentar 20%

Por Os 3 000 embarques e desembarques diários do terminal saem, em 99% das vezes, na hora marcada
Atualizado em 5 dez 2016, 19h24 - Publicado em 18 set 2009, 20h33

Em férias, a professora fluminense Natália Rocha havia marcado uma viagem para São Paulo no último dia 17. Ela embarcaria num vôo da TAM, empresa na qual sua irmã trabalha e em que poderia conseguir 90% de desconto na compra de passagens. No mesmo dia, Congonhas foi palco do maior acidente aéreo do país. Ao ver pela TV as cenas do Airbus que atravessou a pista e se chocou contra um prédio, Natália adiou seus planos. “Sou medrosa, não quis arriscar”, conta. Ela desistiu de pagar 55 reais em uma passagem de avião a que teria direito para desembolsar 63 reais em um bilhete de ônibus. Seu tempo de viagem passou de cinqüenta minutos para seis horas. Mas, pelo menos, ela não precisou amargar as longas esperas que assolam os aeroportos brasileiros desde o fim do ano passado. “Não teve atraso e foi confortável, dormi o caminho todo”, disse, ao descer no Terminal Tietê, na segunda passada.

Assim como Natália, outros viajantes estão trocando os aviões pelos ônibus. Segundo a Socicam, companhia que administra a rodoviária do Tietê, 850000 pessoas passaram por lá em julho de 2006. Para este mês, a expectativa é um crescimento de 20%. Esses novos passageiros encontram, além da estação de metrô integrada ao maior terminal da América Latina, 23 pontos de alimentação e 36 estabelecimentos variados, como lojas, farmácias e perfumarias. Há ainda três áreas para recarregar a bateria do celular ou do notebook, acesso gratuito à internet sem fio e uma sala vip, onde os viajantes de algumas empresas podem tomar café, ver televisão ou ler jornais e revistas.

É a pontualidade, no entanto, o que mais atrai ultimamente. Os 3 000 embarques e desembarques diários das 65 companhias que atendem a 1 033 cidades saem, em 99% das vezes, na hora marcada, de acordo com a Socicam. Foi por isso que o estudante de direito Sérgio Barbosa, ao decidir ver os Jogos Pan-Americanos, no Rio, preferiu ir de ônibus-leito da Auto Viação 1001. “Tenho conhecidos que já esperaram um dia inteiro no aeroporto pelo vôo”, diz. “Não quero passar por isso.” A 1001 conta com veículos de dois andares e uma espécie de primeira classe na parte de baixo. Ali, ficam apenas seis poltronas acolchoadas, bem maiores que as convencionais, que se reclinam até quase se transformar em camas. Além disso, o passageiro pode viajar assistindo a vídeos ou lendo jornais fornecidos pela companhia. Ganha ainda suco, salgadinho, bolachas, manta e travesseiro. Como a procura por ônibus-leito aumentou bastante, a dica é comprar bilhetes com antecedência.

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