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Jovem de 16 anos acusa sete seguranças da CPTM de espancamento

O rapaz ficou com ferimentos e hematomas espalhados pelo rosto, pescoço, costas e tórax

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 14 fev 2020, 15h52 - Publicado em 29 out 2019, 09h58

Um jovem de 16 anos diz ter sido espancado por sete seguranças da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) em uma sala da Estação Corinthians-Itaquera, na zona leste de São Paulo, na última sexta-feira (25). O caso é alvo de investigação da Polícia Civil. Por sua vez, a CPTM afirma que pode demitir os envolvidos.

Segundo o boletim de ocorrência, o rapaz tentou pular a catraca da CPTM, mas foi pego por um segurança e expulso do local. Em seguida, ele conseguiu um bilhete e embarcou regularmente, mas acabou sendo perseguido por mais guardas, que teriam o agarrado pelo braço e, de novo, o retirado de lá, segundo afirma no depoimento.

O caso aconteceu por volta das 18h30. A vítima relata ter sido levada até uma sala fechada, onde teria sido espancado. Ao todo, sete funcionários da Estação teriam participado da sessão de tortura.

O jovem chegou em casa com ferimentos e hematomas espalhados pelo rosto, pescoço, costas e tórax. Acompanhado de uma irmã mais velha, ele prestou queixa no 50º Distrito Policial (Itaim Paulista) na tarde do dia seguinte – a ocorrência foi registrada como lesão corporal.

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Foto mostra escoriações no corpo do jovem (Arquivo Pessoal/Divulgação)

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirma que a delegacia instaurou inquérito policial para apurar o caso. “As imagens de câmeras de segurança do local serão analisadas, bem como os exames periciais solicitados”, diz. “Todas as pessoas envolvidas na ocorrência serão ouvidas para o esclarecimento dos fatos.”

A família e o rapaz estão sendo acompanhados pela Rede de Proteção e Resistência contra o Genocídio. A organização afirma que vai pedir auxílio à Defensoria Pública e também acionar o Ministério Público de São Paulo (MPE-SP). Segundo a Rede, há dias em que o rapaz trabalha de ambulante em estações do Metrô (e não da CPTM), atividade que é proibida. Na hora da ocorrência, entretanto, ele não estaria praticando a atividade irregular, diz a organização.

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CPTM pode demitir envolvidos

“A CPTM está levantando as imagens do circuito interno para verificar o caso e vai abrir investigação para apurar os fatos”, afirma a companhia, em nota. “Caso seja comprovada a agressão a empresa deve tomar as medidas legais aplicáveis nesta situação, como o afastamento e a demissão dos envolvidos.”

Ainda no comunicado, a CPTM afirma que “não admite e não compactua com casos de violência”. “Segundo informações preliminares, um vendedor ambulante tentou invadir a Estação Corinthians-Itaquera sem pagar pela passagem e foi impedido pelos empregados da empresa”, diz.

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