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Jogador é investigado em esquema de compra de CNH

Atleta do Corinthians de 18 anos está entre os 4 900 motoristas que tiveram a carteira cancelada pelo Detran

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 5 dez 2016, 12h16 - Publicado em 17 jul 2015, 00h23

Vinte dias. Esse teria sido o tempo que o jogador do Corinthians Malcom, de 18 anos, levou para tirar sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) – o processo formal exige 45 horas/aula de curso teórico, 25 aulas práticas, sendo cinco noturnas, e exames médico e psicotécnico, o que exige pelo menos três meses. Malcom está entre os 4 900 motoristas que tiveram a carteira cancelada pelo Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo por suspeita de fraude.

De acordo com o diretor-presidente do Detran, Daniel Annenberg, o jogador teria pago entre 2 000 e 6 000 reais em um esquema em que ele é identificado como militar, categoria que não precisa passar pelo processo de permissão para emissão da CNH.

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“Em uma entrevista, o jogador falou que ele teria conseguido uma autorização do Detran para dirigir, o que não existe. Além disso, o prazo era inviável para fazer todo o processo. Isso, lógico, levantou suspeita”, afirmou Annenberg.

Fraudes como essas são monitoradas pelo Detran. Só neste ano, ao menos 4 900 carteiras teriam sido emitidas dessa forma no estado. “Uma Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) fez 10 CNHs naquele código militar e no mês seguinte fez 100. Isso chama a atenção. Foi um trabalho de inteligência investigar esses casos.” Funcionários do Detran que tinham autorização para aprovar o código de entidades militares foram afastados de suas atividades e estão sendo chamados para responder ao processo interno.

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Caso seja comprovada a irregularidade, funcionários, autoescolas e motoristas envolvidos, como é o caso de Malcom, podem responder criminalmente por corrupção ativa e passiva e organização de quadrilha – crimes que podem levar à pena de dois a 12 anos de prisão e multa.

Como o caso vai além da esfera administrativa, o Detran solicitou o apoio da Polícia Civil nas investigações. Pelo cálculo do valor mínimo da fraude – 2 000 reais – estima-se que ao menos 10 milhões de reais tenham sido movimentados no esquema.

Outro lado

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A assessoria do Corinthians afirmou que não vai se manifestar sobre o assunto. Já a assessoria do jogador Malcom aguarda parecer dos advogados. Para o SPTV, o jogador negou ter comprado a carteira.

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No Corinthians desde criança, Malcom Filipe Silva de Oliveira cresceu nas categorias de base do Parque São Jorge. Com apenas 16 anos, foi o destaque da Copa São Paulo Junior de 2013, quando acabou como artilheiro da competição. Em 2014, recebeu do então técnico Mano Menezes a chance de jogar no time profissional.

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