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Irregularidades na Avenida Paulista

A cada 85 metros há uma infração. Boa parte dos problemas apareceu após a reforma da calçada

Por Camila Antunes
Atualizado em 5 dez 2016, 19h28 - Publicado em 18 set 2009, 20h30

Fossem apenas as obras na calçada da Avenida Paulista, a dor de cabeça seria tolerável. Afinal, havia trinta anos que ninguém mexia naquele piso de mosaico português. Os buracos e as pedras soltas tornavam difícil a travessia de 1,5 milhão de pessoas por dia. Mesmo quem não gostou da substituição pelo concreto, iniciada em julho do ano passado, teve de concordar que uma reforma no passeio público era inadiável. Precisou também arrumar paciência para tolerar os desvios e barricadas que impedem a passagem em quatro quarteirões, onde trabalham 180 homens. Pois agora que a Paulista está ganhando cara nova, outros problemas surgiram. Nos cerca de 5000 metros de calçada dos dois lados da avenida contam-se, segundo levantamento da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, 59 infrações. Uma a cada 85 metros.

As bancas de jornal, por exemplo, são muito grandes e espremem os pedestres no passeio público. “Vamos definir um tamanho máximo para elas”, promete o secretário das Subprefeituras, Andrea Matarazzo. A nova calçada tem uma faixa direcional feita de blocos de cimento em relevo. Serve para orientar a caminhada de cegos. Portanto, não é permitido colocar mesinhas ou vasos sobre ela. Outras irregularidades corriqueiras são as garagens, escadinhas e rampas de acesso que se projetam na calçada. Elas deveriam estar porta adentro. E ter estruturas definitivas. “Vou nomear um gerente para a Paulista”, anuncia Matarazzo. Ele será o contato do governo municipal para receber as críticas da população e cobrar atitudes de quem estiver irregular. Quem sabe assim não vai prevalecer a máxima “quem ama cuida”?

1 – Na porta do edifício comercial número 326, uma escada improvisada ajuda a vencer o degrau que se formou depois do nivelamento da calçada

2 – Vasos colocados para afastar moradores de rua diminuem o espaço dos pedestres na esquina com a Avenida Brigadeiro Luís Antônio

3 – A rampa desta garagem de prédio residencial, no número 639, é protegida por mureta, que vira obstáculo para os transeuntes

4 – Na porta do Itaú Cultural, a rampa improvisada é de madeira. Após a reforma da calçada, o prédio ficou um lance mais alto

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5 – No edifício comercial Quinta Avenida, no número 726, o avanço tem cerca de 5 metros e come metade da calçada

6 – Espelho-d’água no Masp. Seco e sem outra utilização, é responsável pelo congestionamento de pedestres

7 – Puxadinho do estacionamento Progress Park. Atrás do tapume há entulho

8 – Carro de escolta armada parado perto da saída do metrô Consolação. Não pode. Há áreas apropriadas para embarque e desembarque

9 – Uma das 25 bancas de jornal que ocupam quase toda a calçada e devem ser redimensionadas

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10 – Mesas de bar próximas da nova faixa direcional. A marcação no piso, de concreto escuro, ajuda na locomoção de cegos

11 – Banca de frutas em cruzamento. Só os vendedores da feira de domingo do Masp têm licença para trabalhar na Paulista

12 – Canteiro enfeita a fachada do cinema Reserva Cultural e estreita sua calçada

13 – Anúncio do Sesc no chão, proibido pela Lei Cidade Limpa. Pelo desenho da nova calçada, alguns postos policiais também serão deslocados

14 – Canteiro e saída de garagem. A prefeitura quer que construções recuem

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15 – Carro-forte transita sobre a calçada e pára ao encontrar outro automóvel estacionado irregularmente. Além de atrapalharem os pedestres, os veículos destroem o piso

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