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Homem é atacado com insultos racistas ao lado do filho de 12 anos

Mulher que ainda não foi identificada xingou trabalhador negro de "preto, macaco e chimpanzé"

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 16 set 2020, 15h12 - Publicado em 16 set 2020, 15h10

Leandro Antônio Eusdacio Xavier, de 39 anos, foi vítima de racismo no bairro do Jabaquara, na zona sul. O crime aconteceu no último sábado (12) enquanto ele caminhava com o filho de 12 anos. 

No vídeo, gravado pela vítima, primeiro a agressora xinga algumas pessoas de p****. Em seguida, quando Leandro se aproxima, a mulher começa a desferir ofensas racistas. “É preto, macaco, e aí? Preto, macaco, chimpanzé. Posta que eu vou te processar e pegar dinheiro. Xingo o quanto quiser, tenho carta branca. Preto, macaco, chimpanzé, orangotango. Vai, posta”, aparece dizendo no vídeo.

Na terça (15), a Polícia Civil iniciou uma investigação contra a responsável pelas agressões, que será indiciada por injúria racial. Segundo o Código Penal, ofensas e injúrias por conta de raça, cor, etnia, religião ou origem podem resultar em um a três anos de reclusão e multa.

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Em entrevista ao SP2, da Rede Globo, Leandro contou que a agressão tem perturbado seu sono. Ele também se mostrou preocupado com filho. “Eu não consegui ver o vídeo até hoje. Não dormi direito, fiquei pensando nisso. O que mais me dói é que meu filho estava comigo. Ele é um moleque sossegado, talvez seja só uma preocupação minha, mas não sei como fica a cabeça dele. Depois conversei com ele e disse que o pai tomaria uma providência”, relata.

Leandro ainda lamentou a persistência do racismo. “Em pleno século 20 a pessoa falar daquela forma, como se você não fosse nada? O que ela fez não pode se repetir, e se a gente ficar calado as pessoas continuam fazendo isso”. 

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Ele registrou boletim de ocorrência. Perguntada sobre o caso, a Secretaria de Segurança Pública afirmou que a vítima foi orientada a apresentar as imagens na delegacia responsável pelas investigações no momento do registro. Além disso, a instituição disse que providências estão em andamento em busca de identificar a autora do crime e compreender melhor os fatos.

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