Instituto Moreira Salles reúne conjunto espetacular de 100 fotografias
Mostra "Extremos" é composta de situações limítrofes registradas durante o século XX
Situações limítrofes registradas durante o século XX, seja de drama, beleza, terror ou graça, estão reunidas na ótima mostra Extremos. Formada por 100 imagens pinçadas em meio às mais de 25.000 do acervo da Maison Européenne de la Photographie, de Paris, a montagem do Instituto Moreira Salles delineia a evolução da fotografia nos últimos 100 anos. Mestres como Henri Cartier-Bresson e Robert Frank aparecem na seleção dos curadores Milton Guran e Jean-Luc Monterosso. Os retratos abundam, e nesse quesito há exemplos variados, desde a exploração crua do corpo humano por Robert Mapplethorpe até o glamour de Marilyn Monroe através da lente de Richard Avedon. As celebridades são tema também de Valérie Belin: a francesa clicou sósias do cantor Michael Jackson ao redor do mundo.
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Nem só de leveza e bom humor compõe-se a exposição, contudo. Um dos trabalhos mais assombrosos é Carolina do Norte, de Elliott Erwitt, no qual um rapaz toma água na pia dos negros em tempos de segregação racial nos Estados Unidos. A fumaça da bomba de Hiroshima surge na obra do sargento George Robert Caron, instantes após o lançamento, enquanto Sebastião Salgado captura um homem, protegido por um spray químico, próximo a uma explosão gigantesca num campo petrolífero do Kuwait. Muitos brasileiros, aliás, comparecem. Caso de Miguel Rio Branco, Claudia Andujar e Vik Muniz, entre outros.
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