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Dono de restaurante dá versão diferente sobre caso de agressão a blogueira

Restaurateur afirma que a mulher bateu um copo na cabeça do rapaz antes de receber um soco

Por Redação VEJA São Paulo
Atualizado em 14 fev 2020, 15h57 - Publicado em 25 set 2019, 19h04
A influenciadora Helô Gomes (Instagram/Helo Gomes/Reprodução)
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Murched Omar Taha Filho, sócio do restaurante Ummi, no Itaim Bibi, deu uma versão diferente sobre a agressão sofrida pela influenciadora digital Helô Gomes no dia 14 de setembro, dentro do seu estabelecimento. O homem afirmou à Vejinha que não estava no salão do endereço no momento em que a interação seguida de um soco ocorreu.

Apesar disso, diz ter consultado as câmeras de segurança e conversado com testemunhas para formular sua opinião, além de ter falado com Helô, Juliana (a amiga que escreveu o relato na internet) e o empresário acusado de bater na jovem.

“Me ligaram falando que a Helô tinha sido agredida e eu fui lá. Peguei ela nos braços e ela tremia. Disse que tinha sido ofendida, que jogou bebida na cara do homem e ele a agrediu. Eu disse então que ia ver as imagens das câmeras. Aí começo a não compactuar com a versão dela”, explica.

O início da história é igual. O homem teria confundido a blogueira com uma garçonete da casa e pedido um drinque para ela. “Ela já se enfezou nesse momento”, afirma o empresário. Helô e o grupo de cinco pessoas com quem estava mudaram então de lugar no restaurante, afastando-se do agressor.

Aí, as versões começam a ganhar contornos diferentes. “Ouvi a todos que estavam presentes, e todos contaram a mesma história. Ele estava ‘bebaço, ela também. Uma das pessoas na mesa dela conhecia o homem. Quando ele saiu para fumar, passou por ali e ouviu que precisava pedir desculpas à Helô”, diz. “Ela falou que não queria saber, mas ele insistiu. Se aproximou várias vezes, cochichou na orelha dela. Ela falou várias vezes ‘não encosta em mim, não encosta em mim'”, continua.

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O suspeito teria então provocado outra mulher que estava sentada ali. “Você é garçonete aqui também?”, disse. Os presentes perderam a paciência e ele emendou “estou brincando. Até parece que ser garçonete é ser puta”. Nesse momento, uma terceira mulher pediu para que o homem se afastasse. Mas ele continuou ali tentando falar com Heloísa.

“Ela disse para ele sair, se não jogaria o copo na cara dele. Ele abaixou para dizer mais uma vez que queria pedir desculpas. Nessa hora, ela pega o copo, que bate entre o nariz e a testa do homem, que responde com um soco na cabeça dela”, relata Taha Filho. Ele conta ainda que dissuadiu a jovem de ir à polícia na noite do ocorrido, pois passaria horas sentada à espera de atendimento.

Na manhã seguinte, no domingo (15), Helô e Juliana entraram em contato com o restaurateur para tentar ter acesso às imagens de segurança. “Eu disse que não podia entregar, porque é crime, que entregaria para a polícia. Falei também que achava que esse processo ia dar b****, pois ela também tinha cometido uma agressão”, conta. “Nunca disse que ela deveria negociar com o cara e nem mudei meu posicionamento. Meu nome foi usado para falar muita groselha, agora recebi uma série de comentários na internet me chamando de cúmplice.”

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A amiga de Helô, Juliana Ali, editou sua postagem nessa quarta-feira (25), acrescentando seu diálogo com Taha Filho. “Murched, dono do restaurante Ummi, onde ocorreram os fatos, me procurou esta manhã e tivemos uma longa conversa telefônica. Se mostrou preocupado, constrangido, foi muito educado e pediu desculpas por seu posicionamento inicial. Se posicionou a favor de Helô, se disponibilizou a ajudar no que for necessário e reiterou que entregou o video à delegacia que está cuidando do caso no dia de ontem, o que aconteceu realmente, como relatei anteriormente, e disse que não tinha intenção de mediar conversas entre Heloísa e seu agressor. Fiz questão de postar o resultado dessa conversa pois acho importante que todas e todos que estão apoiando a Helô saibam dos fatos como eles estão ocorrendo e não quero ser injusta omitindo essa informação“, afirmou.

Questionada pela reportagem da Vejinha, Juliana afirmou não lembrar do termo exato utilizado na conversa, mas reitera que Taha Filho “fez um convite a conversar com o agressor da Heloísa e ver como poderiam resolver a situação”. Relatou também que pediram acesso às imagens no domingo para poder anexá-las ao B.O., o que o dono do restaurante se negou a fazer.

O advogado de Helô, Lucas Delaqua, rebateu a fala do sócio: “A Heloísa não teve nenhuma intenção de agredir e sim de jogar a bebida. Você tem um agressor muito maior encurralando ela. Se ele não tivesse invadido o espaço pessoal dela e prosseguido com o assédio, nada teria acontecido. As imagens são muito claras. E tem também uma troca de mensagens entre a Heloísa e o dono do restaurante em que ele próprio narra que ela não teve intenção de agredir. Então, é muito contraditório ele dizer isso agora.”

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