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Ícone do samba, Dona Ivone Lara morre aos 97 anos

Ela estava internada e morreu em decorrência de insuficiência respiratória

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 17 abr 2018, 08h35 - Publicado em 17 abr 2018, 08h30

Uma das pedras fundamentais do samba carioca, autora de clássicos como Sonho meu e Alguém me avisou, a compositora Dona Ivone Lara morreu nesta segunda-feira (16). Ela tinha completado 97 anos no último dia 13. Dona Ivone estava internada na Coordenação de Emergência Regional, anexa ao Hospital Miguel Couto, no Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro, e morreu em decorrência de insuficiência respiratória.

Apesar da idade avançada, Dona Ivone, venerada por sambistas de diferentes gerações e chamada de “Rainha do samba” e “Primeira-dama do samba”, fez shows há até pouco tempo atrás. Em 2016, celebrou os 95 anos numa apresentação que contou com outros artistas e seu neto André Lara, uma companhia constante. Em 2010, fora homenageada pelo Prêmio da Música Brasileira.

Dona Ivone se deslocava de cadeira de rodas e era amparada por familiares. Em suas aparições públicas, estava sempre sorridente e alinhada. Onde chegava era ovacionada.

O maior parceiro foi Délcio Carvalho, com quem criou, entre muitos sambas, Sonho meu, Acreditar, Minha verdade e Em cada canto uma esperança. Ele era 18 anos mais jovem e morreu em 2013.

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A sambista foi gravada por Clara Nunes, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Paulinho da Viola, Marisa Monte e outros nomes da MPB. Em rodas de samba cariocas, composições como Tiê e Mas quem disse que eu te esqueço, esta com Hermínio Bello de Carvalho, sempre são lembradas.

Primeira mulher a ganhar uma disputa de samba-enredo numa escola de samba no Rio, em 1965 – “Os cinco bailes da história do Rio” (com Silas de Oliveira e Bacalhau) -, ela era filha de músicos e ligados ao carnaval. Era prima de Mestre Fuleiro, um dos fundadores do Império Serrano, sua escola.

Ivone, formada enfermeira e auxiliar da pioneira psiquiatra Nise da Silveira, nasceu bem antes da agremiação – era de 1921; o Império, de 1947. Ela compôs sambas ainda para o Prazer de Serrinha, escola do qual o Império viria a ser uma dissidência. A Verde-e-branco do bairro de Madureira, na Zona Norte do Rio, lhe fez um desfile-tributo em 2012.

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