Hopi Hari entra com pedido de recuperação judicial
O parque fechou em ao menos duas ocasiões devido à greve de funcionários por atraso do pagamento de salários
O parque de diversões Hopi Hari S.A. informa que ajuizou nesta quarta-feira (24), em conjunto com as suas controladoras HH Parques Temáticos S/A e HH Participações S/A, pedido de recuperação judicial. O documento foi protocolado na Comarca de Vinhedo, no interior de São Paulo. A dívida do parque chega a 329,9 milhões de reais.
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Em agosto, o parque fechou em ao menos duas ocasiões devido à greve de funcionários por atraso do pagamento de salários. Além disso, o site do Hopi Hori informa que o funcionamento foi suspenso durante praticamente todo mês.
“Ainda existe uma parcela de dívida com os funcionários”, disse o advogado Daltro Borges. “A ideia do financiamento é quitar essa negociação com o sindicato”, complementa.
Segundo Borges, a maior parte da dívida vem de empréstimos com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ele também disse que o plano de reestruturação já vem sendo negociado desde o ano passado e “a chance do juiz não deferir é perto de zero”.
“Fizemos isso para o parque funcione melhor, esperamos 200 000 visitantes nas próximas seis semanas”, complementa.
Em comunicado oficial, o Hopi Hari informou que o objetivo da ação é “reestruturar os termos e condições dos passivos da companhia de forma ampla, e ainda, de formalizar uma linha de financiamento de longo prazo”. A reabertura do parque está prevista para o dia 7 de setembro de 2016.
Instalado no quilômetro 72 da Rodovia dos Bandeirantes, em Vinhedo, o Hopi Hari foi aberto em 1999 pelo Grupo Playcenter. A obra demorou três anos para ficar pronta e consumiu 260 milhões de reais. Parte do investimento veio de empréstimos de fundos de pensão e do BNDES, que entrou com 40 milhões de reais na época. O parque tem 760 000 metros quadrados e é dividido em setores temáticos.
(com Estadão Conteúdo)