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Mulheres acusam filho de fundador da Casas Bahia de estupro e aliciamento

A defesa de Saul Klein diz que ele sustenta financeiramente jovens como "sugar daddy", mas nega os crimes

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 23 dez 2020, 11h43 - Publicado em 23 dez 2020, 11h42

Saul Klein, 66, filho do fundador das Casas Bahia, Samuel Klein, falecido em 2014, entregou o passaporte à Justiça e está proibido de ter contato com 14 mulheres que o acusam de aliciá-las e estuprá-las desde 2008 em festas em sua casa, em Alphaville, na região metropolitana de São Paulo.

De acordo com a coluna Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o Ministério Público de São Paulo impôs as medidas junto ao andamento da investigação das denúncias, mantidas em segredo pela Justiça, em um inquérito policial aberto na Delegacia de Defesa da Mulher de Barueri.

O despacho na Justiça aponta que as vítimas “eram procuradas por aliciadores em redes sociais e outros canais, informadas falsamente de que havia interesse na contratação delas por parte de uma empresa e conduzidas a uma apresentação, a título de teste, para o requerido Saul”.

Nos “testes”, segundo o despacho, entre 15 e 30 garotas “tinham que se exibir o tempo todo de biquíni e submeter-se a atividades sexuais com o requerido Saul, inclusive de modo humilhante e a contragosto. Também podiam ter que ingerir droga, permanecer trancadas em um quarto por um dia inteiro e aceitar se submeter a consultas com médicos ginecologista e cirurgião plástico, respectivamente, para cuidar das persistentes e reiteradas doenças sexualmente transmissíveis que as acometia e de outras enfermidades que apresentaram, bem como receber aplicações de botox ou outros tratamentos destinados a prepará-las para as sessões com o requerido Saul”.

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Em julho deste ano, a polícia havia arquivado outro inquérito sobre uma suposta exploração sexual de uma menor de idade pelo empresário. A defesa de Klein afirma que ele é um sugar daddy – termo usado para homens mais velhos e com alto poder aquisitivo que aceitam sustentar financeiramente mulheres mais jovens em troca de relações amorosas – mas que ele não cometeu os crimes apontados.

“O sr. Saul Klein vem sendo vítima de um grupo organizado que se uniu com o único objetivo de enriquecer ilicitamente às custas dele, através da realização de ameaças e da apresentação de acusações falsas em âmbito judicial, policial e midiático”, afirma o advogado André Boiani e Azevedo, que representa Klein. “Várias dessas pessoas já conseguiram se aproveitar dele em outras oportunidades, causando-lhe prejuízo milionário, e estavam acostumadas a essa situação. Quando perceberam que esse tempo acabou, passaram a difamá-lo publicamente”, segue o advogado.

Azevedo conta que Klein era cliente de um agência de relacionamentos “sugar”, responsável por enviar garotas maiores de idade à casa dele, mas que a empresa começou a chantageá-lo depois que parou de utilizar o serviço.

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Atualmente, Saul está na luta pela herança do pai contra seu irmão mais velho, Michel Klein. Em 2010, Saul vendeu sua parte societária das Casas Bahia pelo valor estimado de R$ 1,5 bilhão a Michel.

 

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