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Hebe Camargo: oitenta curiosidades sobre a apresentadora

Conheça revelações e surpresas da dama da televisão

Por Alvaro Leme e Giovana Romani
Atualizado em 21 ago 2020, 19h15 - Publicado em 18 set 2009, 20h28

1. Seus pais, Ester e Sigesfredo Camargo, queriam batizá-la de Beatriz. Por sugestão de uma tia, recebeu o nome Hebe, em homenagem a uma deusa grega.

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2. Nascida em Taubaté, em 8 de março de 1929, mudou-se para a capital aos 6 anos. Com os pais e os seis irmãos, foi morar num porão na Rua São Joaquim, na Liberdade. “Olhava pela janela e via os pés das pessoas”, lembra ela. A família às vezes comia apenas arroz nas refeições.

3. Cursou somente até o 4º ano primário.

4. Um de seus primeiros empregos foi de arrumadeira, na casa de uma parente rica.

5. Com 11 anos, participava de programas de calouros em emissoras de rádio para ajudar a sustentar a família. Em 1943, formou com a irmã Stella a dupla Rosalinda e Florisbela. Antes, participavam de um quarteto chamado Dó-Ré-Mi-Fá.

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6. Em 1944, aos 15 anos, estreou como crooner em boates e gravou o primeiro disco. Era um 78 rotações, com estas duas músicas: Oh! José e Quem Foi que Disse. Atendia, então, pela alcunha de Moreninha do Samba, referência ao tom original de seus cabelos.

7. O tom atual de suas madeixas mistura dois tipos de tintura da marca L’Oréal: o número 10 (loiro-claríssimo) e o 9.3 (loiro-claro dourado). Retoca a pintura a cada três semanas. Nas unhas da mão, usa os esmaltes Chanel nº 18 e Revlon Vixen (vinho bem escuro).

8. Não sai de casa sem cílios postiços. Em viagens, usa-os até caírem naturalmente, porque não consegue colocá-los sozinha. “Meu recorde foi uma semana.”

9. Vai ao cabeleireiro todo dia, nem que seja só para fazer uma escova. “Gosto de me sentir limpinha”, diz. Às segundas, das 10 às 14 horas, o salão abre exclusivamente para ela.

10. Tem horror a cortar os cabelos, mesmo as pontas. E sempre se arrepende quando faz mudanças radicais no penteado.

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11. De tempos em tempos, leva sacolas cheias de roupa para doar às funcionárias do salão de beleza do qual é cliente. Costuma também fazer uma festinha de Natal por lá, com distribuição de presentes.

12. Quando viaja, usa um aplique especial para não precisar se pentear. É um coque que dura dez dias, período em que não pode molhar os fios. “Banho, só com chuveiro de mão”, diz Antonio Carlos da Silva, seu cabeleireiro desde 1985.

13. Leva uma imagem de Nossa Senhora Aparecida e outra de Nossa Senhora de Fátima em todas as viagens. “Elas já foram para Monte Carlo, mas não gostaram”, brinca Hebe. “Adoram Paris e Rio de Janeiro.”

14. Conversa em voz alta com as centenas de imagens de santos que guarda em casa – não joga nenhuma fora.

15. Reza muito quando uma pessoa querida adoece. Acendeu uma vela pelo vice-presidente José Alencar, que se submeteu a uma cirurgia para retirar nódulos malignos do abdômen, em janeiro.

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16. Durante uma doença de seu pai, fez a promessa de não usar joias por um ano. Cumpriu à risca depois que ele melhorou. “Ela não punha nem bijuteria”, conta a atriz e amiga Lolita Rodrigues.

17. Integrou a comitiva que, ao lado do empresário Assis Chateaubriand, buscou os equipamentos usados na primeira transmissão da TV no Brasil, em 1950.

18. Nem por isso teve êxito em seu primeiro teste diante das câmeras. Os produtores alegaram que ela tinha sobrancelhas muito grossas e cabelos escuros demais. Estreou somente em 1953, quando substituiu o apresentador Roberto Corte Real, que estava de cama por causa de uma gripe. O programa chamava-se Musical Manon, na TV Paulista. Era feito num estúdio dentro de um apartamento na Rua da Consolação.

19. Seu grande ídolo é Roberto Carlos. “Acho que ele tem medo de mim, porque eu falo muito dele, né?”, diz. A noite não é completa se vai a um show do Rei e sai sem pegar uma das rosas distribuídas no final. “Sinto a mesma paixão que todas as mulheres daquela plateia.”

20. Viveu seu primeiro romance aos 19 anos. Foi com o fazendeiro Luís Ramos.

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21. Come fora todos os dias. É fiel a quatro restaurantes: La Tambouille, A Bela Sintra, Sushi Kin e Magari. Neste último, às vezes se empolga e improvisa um número musical com a banda.

22. Tão logo chega ao A Bela Sintra, um dos garçons lhe traz o que ela chama de “meu blodão”. O drinque, uma versão mais apimentada do bloody mary, custa 21 reais. Eis a receita:

23. Foi paquerada pelo ex-presidente e ex-prefeito de São Paulo Jânio Quadros. Com a desculpa de que precisava “discutir assuntos de interesse da classe artística”, ele tentou marcar um encontro no apartamento de um amigo, na Rua Augusta. “Nem dei resposta.”

24. Outro que a cortejou foi o empresário Peppino Matarazzo, que lhe mandava joias de presente. Quando o namorico acabou, devolveu tudo. E pediu recibo. “Tudo o que tenho na vida foi conquistado com o meu trabalho”, afirma. “Nada veio de marido, amante ou amigo.”

25. Ao retornar à televisão, na Record, o programa já levava seu nome. Em 1979, mudou-se para a Bandeirantes.

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26. Em 2000, ganhou em Salvador o título de Perua Rainha do Século. A-do-rou. Foi receber a faixa com vestido Dior, brincos, broche, dois braceletes de diamantes e um anel de rubi.

27. Casou-se duas vezes. Em 1964, com Décio Capuano, união que durou sete anos. Em 1973, disse o “sim” ao empresário Lélio Ravagnani (acima). Ficaram juntos até a morte dele, em 2000.

28. Voltou a apresentar seu programa seis dias após a morte de Ravagnani.

29. Jura que não faz sexo há nove anos. “Depois do Lélio, infelizmente, não tive outro.”

30. Gostaria de se casar de novo? “Marido, nem pensar”, diz. “Mas gostaria de ter um ficante.”

31. Um dos poucos homens que achou interessante recentemente, conta ela, foi o alemão Christian Wölffer. Trata-se do empresário morto em Parati no último réveillon, atropelado por uma lancha. “Quando vi a foto dele pensei que teria sido perfeito para mim”, diz. “Era bonitão, bem de vida e tinha 70 anos.”

32. Sua entrevista mais difícil foi com o cronista Rubem Braga, na Record. Ainda lembra do episódio como um dos raros momentos em que ficou constrangida em frente às câmeras: homem de poucas palavras, ele respondia às suas perguntas somente com “sim”, “não” e “arrã”.

33. Sofreu três abortos: dois espontâneos e um provocado, numa clínica clandestina. Tem somente um filho, Marcello, fruto de seu casamento com Capuano.

34. Interrompeu a carreira durante dois anos, entre 1964 e 1966, para dedicar-se à vida de dona-de-casa, fase em que voltou a ser morena.

35. Não sabe nadar. “Só o suficiente para não afundar”, confessa, às gargalhadas.

36. Cria em sua casa seis cachorros. Entre eles, um vira-lata que saiu nos noticiários após ser resgatado do Córrego Aricanduva. Ao ler sobre o bichinho, Hebe resolveu adotá-lo e lhe deu o nome de Atrium. Um outro, chamado Fendi, dorme com ela. Também vivem ali quatro galinhas, uma cacatua, um periquito e um papagaio.

37. Não cozinha desde a década de 60, quando era casada com Décio Capuano. Na época, suas especialidades eram torta de ricota e macarrão ao alho e óleo com sardinha.

38. Adora contar piadas. Quanto mais sujas, melhor. Em público, porém, dificilmente fala palavrão.

39. Deu casas de presente a seu cozinheiro, seu faxineiro, sua governanta e a um copeiro.

40. Nunca fez ginástica. “Não tenho paciência”, diz. “Só faço levantamento de copo.”

41. Não é muito fã de se pendurar ao telefone. Preocupada em manter a privacidade, troca seus números, em média, duas vezes por ano.

42. Para evitar tumulto, não frequenta missas dominicais. “Só vou às de sétimo dia”, conta. Pelo mesmo motivo, não vai a shoppings ou supermercados.

43. É membro da Confraria do Vinho Periquita. E poucas vezes resiste à vontade de fazer piadinhas de duplo sentido com o nome da bebida, que costumam ser seguidas de uma gargalhada.

44. Diz que não levanta as mãos aos céus para agradecer a Deus. “Tenho medo de que Ele me puxe pelos dedos.”

45. Assiste a todo tipo de programa, telejornal e novela. Quando gosta da performance de algum ator ou colega, tem o costume de ligar para parabenizá-lo.

46. Vai comemorar seus 80 anos com uma viagem à Disney. Embarca no próximo dia 17. Gravará imagens para seu programa, previstas para irem ao ar no fim de março.

47. Antes do passeio, porém, celebrará as oito décadas com uma megafesta black-tie para 500 convidados. Será em uma casa no Jardim Europa.

48. Dorme vendo televisão.

49. Não sabe usar computador. “Nem pretendo aprender”, diz.

50. É pontual e detesta atrasos. “Atrasos me tiram do sério.”

51. Quando um amigo elogia algo que está usando, compra um item igual e o envia à pessoa. Por causa disso, já presenteou a jornalista Marília Gabriela com um casaco de couro e pele de raposa turquesa, além de um porta-pó da Yves Saint-Laurent.

52. Marília, aliás, é a que mais tenta arrumar namorado para Hebe. “Nunca consigo”, conta a jornalista. “Nossos gostos não batem.”

53. Adora deixar as pernas de fora. Cuida delas com drenagem linfática duas vezes por semana. Mas não mostra os braços em público, pois acha que não tem mais idade para isso.

54. Fez duas plásticas no rosto, duas nos seios e duas lipoaspirações.

55. Uma de suas marcas registradas, o selinho, nasceu de uma brincadeira de Rita Lee. Em 1997, a cantora foi ao programa e, de supetão, deu uma bicota na boca de Hebe.

56. Já foi chamada de Rainha das Gafes, por causa de uns foras que dava em entrevistas. Um dos mais comentados foi ter perguntado a Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na Lua, se lá tinha luar. Ela garante que era brincadeira.

57. Não usa sutiã. Se alguém duvida, desafia: “Quer ver?”

58. Já foi assediada na rua por fãs lésbicas. “Não tenho absolutamente nada contra”, diz. “Mas meu negócio mesmo é homem.”

59. Afirma que bebe quatro doses de vodca sem ficar bêbada. Segundo ela, uma das poucas pessoas que conseguiram acompanhá-la foi Lily Marinho, viúva do empresário Roberto Marinho. “Nunca tive ressaca”, diz a apresentadora.

60. Também garante que jamais padeceu com males femininos como cólicas e tensão pré-menstrual. “Nem a menopausa mexeu comigo”, afirma.

61. Não aprova romances de mulheres com homens mais novos. “Se você fizer algo de ruim para a Marília Gabriela, terá de se ver comigo”, disse ao ator Reynaldo Gianecchini no início do namoro dele com a amiga.

62. Em 2008, furtaram um cofre de sua casa. Dentro havia seis relógios de marcas como Chopard, Rolex e Piaget, além de brincos e outras joias. Desde então, mantém os brilhantes favoritos num banco. O item que mais lamentou perder, no entanto, tinha valor sentimental: sua primeira carteira de trabalho.

63. Em dezembro de 2008, renovou seu contrato com o SBT. Pela primeira vez, com salário reduzido. Estima-se no mercado que tenha diminuído de 1,5 milhão de reais para um terço desse valor, números que Hebe, seu empresário e o SBT não comentam.

64. Dirige ela mesma seus Mercedes. Tem cinco.

65. Sua casa hoje ocupa três terrenos contíguos – ela compra as áreas vizinhas e constrói “puxadinhos”. Cada novo espaço é comemorado com festinha de inauguração.

66. Quando um amigo não comparece a uma de suas festas, telefona para dar bronca.

67. Teve problemas com a vizinhança por ouvir música em volume alto. A moradora de uma mansão ao lado da sua chegou a chamar a polícia. Assim que teve chance, a apresentadora comprou o tal imóvel, hoje ocupado por seu filho, Marcello.

68. Rosa vermelha é sua flor favorita.

69. Quando gosta muito de um sapato, compra logo dois pares. “Assim não corro o risco de ficar sem.”

70. Perdeu a conta de quantas vezes prometeu parar de comprar joias – mas nunca conseguiu. “Não vou ter tempo de vida para usar todas as que tenho.”

71. Uma de suas tiradas: diante de uma estátua de mulher nua que tem em seu quintal, brinca dizendo que gostaria de posar ao lado da peça, sem roupa. E publicar a foto com a legenda: “A vida imita a arte”.

72. Em mais de vinte anos de SBT – chegou à emissora em 1986 – , seu programa foi ao ar 1 147 vezes. Com média de cinco convidados por edição, passaram por seu sofá cerca de 6 000 pessoas.

73. Entre suas muitas joias há um diamante de 40 quilates, montado num anel, e uma esmeralda de 60 quilates. Os quatro brilhantes de seu brinco mais imponente somam 80 quilates. Há quem jure que Hebe chega a comprar três peças por mês.

74. Quase não joga mais tranca com as amigas. No exterior, frequenta cassinos. “Ela gosta do ambiente, mas não de apostar”, diz Claudio Pessutti, seu sobrinho e empresário.

75. Nos últimos vinte anos, só não levou o Troféu Imprensa de melhor apresentadora uma vez – perdeu para Adriane Galisteu, em 2000.

76. Declarou que estava “tristinha” – o que, no seu caso, é coisa raríssima – após as constantes mudanças de horário que Silvio Santos lhe impôs. Ainda hoje não ocupa seu lugar favorito na grade do canal. Exibido às segundas-feiras, seu programa entra no ar muito cedo (às 20 horas, em vez de às 22). Tem audiência média de 6 pontos.

77. Se deixarem, coloca pimenta até em sobremesa. Quando viaja, carrega uma garrafinha de molho picante para adicionar à comida do avião.

78. Acredita que a idade teve somente um impacto: em seu humor. “Estou um pouquinho rabugenta.”

79. Achava que não viveria tempo suficiente para ver a chegada do ano 2000. “E olha eu aqui, nove anos depois!”, diverte-se.

80. Diz não ter medo da idade. “Só me dá peninha pensar que, à medida que o tempo passa, terei menos oportunidades de ficar alegre.”

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