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Governo rescinde contrato com consórcio da Linha 17 – Ouro

As empresas KPE e Coesa Engenharia foram multadas em 118 milhões por atrasos injustificados de obra, que foi prometida para 2014

Por Hyndara Freitas
Atualizado em 23 Maio 2023, 11h49 - Publicado em 23 Maio 2023, 10h56

O governo de São Paulo rescindiu nesta terça-feira (23) o contrato com o Consórcio Monotrilho Ouro (CMO), responsável pelas obras Linha 17-Ouro. O Metrô ainda aplicou uma multa de 118 milhões de reais para as empresas, além de suspender sua participação para novos contratos públicos pelo prazo de dois anos. O consórcio, composto pelas empresas pela KPE e Coesa Engenharia, pode recorrer da multa.

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A rescisão foi motivada por um “atraso injustificado no cronograma de execução das obras”, que estão 80% concluídas. Agora, a obra ficará parada por tempo indeterminado porque o governo ainda não decidiu o que fazer.

O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) trabalha com três alternativas: fazer uma nova licitação para o restante da obra, o que tomaria meses; chamar as próximas colocadas na última licitação, o que parece improvável porque as empresas não apresentaram interesse; ou passar o projeto para a ViaMobilidade, que será a responsável por operar a linha quando ela estiver pronta.

Em nota, a ViaMobilidade, que é a responsável pelas Linhas 5 – Lilás, 8 – Diamante e 9 – Esmeralda, informou que “estuda” a possibilidade. A empresa é investigada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) por falhas constantes nas linhas que opera.

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Tarcísio espera que a Linha 17-Ouro entre em operação até o primeiro semestre de 2026. O monotrilho da Zona Sul, prometido inicialmente para 2014, é uma obra marcada por atrasos e rescisões contratuais. Reportagem da Vejinha publicada em março mostrou que a obra já custou 2,5 bilhões de reais, em contradição com o discurso inicial de que seria uma obra mais rápida e barata que um metrô.

No projeto original, o ramal teria dezenove estações, colocaria a favela de Paraisópolis no no mapa dos trilhos e daria acesso ao Estádio do Morumbi. Na prática, terá só oito estações, com a expectativa de transportar 185 000 passageiros por dia — inferior a qualquer metrô da cidade. E vai custar um valor próximo ao de uma linha de metrô tradicional.

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