Justiça pede a Globo vídeos nunca exibidos ao público no BBB17

Decisão é movida por uma apelação do médico Marcos Harter, que processou a emissora por danos morais e materiais após ser expulso do programa

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
2 dez 2020, 18h17
Marcos Harter e Emily Araujo em cena do BBB (Reprodulção/Veja SP)
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A Justiça de São Paulo determinou que a Globo deve entregar vídeos e áudios gravados no confessionário do BBB17 nos dias 9 e 10 de abril de 2017. A decisão é movida por uma apelação do médico Marcos Harter, que processou a emissora por danos morais e materiais após ser expulso do programa três dias antes da final. Na época, a produção do programa considerou que haviam indícios de agressões físicas em sua então namorada Emilly Araújo, que venceu a edição. Ele pede uma indenização de 750 000 reais.

Segundo informações do portal Notícias da TV, Harter provou com prints extraídos do Globoplay que a moça foi chamada ao confessionário em três ocasiões no período. Os encontros teriam sido motivados pela preocupação da direção com o relacionamento amoroso entre ela e o médico, considerado abusivo pelos espectadores. É a quarta vez que a emissora é intimada a apresentar todo o material solicitado pela defesa de Harter, mas apenas dois desses vídeos foram entregues à Justiça.

A juíza Ana Lúcia Xavier Goldman, da 28ª Vara Crível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, determinou “ciência à ré, que deverá esclarecer, objetivamente, se realmente a participante Emilly ingressou no ‘confessionário’ três vezes no dia 10/04/2017, caso em que deverá trazer as respectivas mídias de gravação, à luz dos princípios da boa-fé, lealdade processual e cooperação, não sendo crível que tenha arquivado apenas parte das conversas. Prazo: 15 dias”.

A Globo alega que os fatos apontados pelo ex-brother ocorreram há mais de três anos e o Código Brasileiro de Telecomunicações não determina que as emissoras preservem o material bruto de seus conteúdos. As imagens do confessionário não fazem parte do acervo, já que não foram exibidas para o público geral. A defesa de Harter afirma que esperou para entrar com o processo para comprovar que Emilly não tinha a intenção de registrar uma denúncia por agressão. Até o momento, a emissora não respondeu à ordenação da Justiça.

 

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