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Gilberto Barros é condenado por homofobia

Durante participação em programa televisivo em 2020, apresentador disse que homens que se beijassem em sua frente apanhariam

Por Hyndara Freitas
Atualizado em 17 ago 2022, 13h19 - Publicado em 17 ago 2022, 13h10

O apresentador Gilberto Barros foi condenado a dois anos de prisão – substituídos por prestação de serviços à comunidade – e ao pagamento de multa pelo crime de homofobia. Em 9 de setembro de 2020, o apresentador afirmou em um programa televisivo que vomitava ao presenciar dois gays se beijando e que, se visse a cena novamente, bateria nos homens. Cabe recurso.

A fala foi feita durante o programa Amigos do Leão – 70 anos da TV Brasileira, apresentado por Sonia Abrão. “Ainda presenciar, onde eu guardava o carro na garagem, beijo de língua de dois bigode, porque tinha uma boate gay ali na frente, não tenho nada contra, mas eu também vomito, sou gente, gente. (…) Hoje em dia se quiser fazer na minha frente faz, apanha dois, mas faz”, afirmou.

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A juíza Roberta Hallage Gondim Teixeira, da 4ª Vara Criminal de São Paulo, destacou a “agressividade das palavras aplicadas, as quais discriminaram os homossexuais especialmente diante do uso da palavra ‘nojo’, sendo instigada à violência, como forma de repreensão à escolha sexual”.

Por isso, o condenou a dois anos de prisão e pagamento de multa pelo crime de homofobia, citando decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de 2019, que equiparou a prática de homofobia e transfobia ao crime de racismo. Entretanto, como ele é réu primário, substituiu a pena por prestação de serviços à comunidade e compra de cestas básicas que serão doadas a organizações sociais.

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“A fala, por si só atingiu a comunidade LGTB+. Portanto, a manifestação verbal do acusado ajusta-se à prática e indução da discriminação e preconceito em razão da orientação sexual, não havendo falar-se em liberdade de expressão na medida em que esta não abarca o discurso”, acrescentou a juíza.

No processo, a defesa de Gilberto Barros disse que ele está “muito constrangido” com a situação e que, “pelo seu sangue italiano ele costuma falar muito” e que “jamais teve a intenção de incitar a violência” ou de prejudicar alguém. Destacou ainda que “nada do que aconteceu naquele programa o representa, que sua expressão foi errada e está arrependido”.

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