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Galeria Choque Cultural: Spray sobre tela

Especializada em grafite, galeria Choque Cultural abre sua segunda unidade

Por Giovana Romani
Atualizado em 5 dez 2016, 19h08 - Publicado em 26 set 2009, 20h11

Quando abriu suas portas em Pinheiros, em 2003, a galeria Choque Cultural tinha uma proposta arriscada: inserir o grafite no seleto mercado de arte. Foi uma aposta certeira. O negócio cresce 100% ao ano e, atualmente, recebe cerca de 2.000 visitantes a cada mês. “Grande parte do nosso público é formado por jovens”, afirma o arquiteto Baixo Ribeiro, sócio da Choque ao lado de sua mulher, a artista plástica Mariana Martins, filha do pintor Aldemir Martins (1922-2006); e do historiador Eduardo Saretta. “Mas também conquistamos importantes colecionadores de arte contemporânea.” Para atender com maior exclusividade a clientela investidora, a galeria inaugura neste sábado (26) sua segunda unidade, instalada numa arejada casa de 106 metros quadrados no número 250 da Rua Medeiros de Albuquerque, na Vila Madalena.

O primeiro artista a expor ali será o paulistano Hamilton Yokota, mais conhecido como Titi Freak. Ele fez parte da equipe do desenhista Mauricio de Sousa e gastou seus primeiros tubos de spray nos muros da Liberdade, bairro onde nasceu e cresceu. A ascensão de Titi é um bom exemplo da meteórica valorização do grafite e da chamada arte de rua. Há cinco anos, um quadro de 70 centímetros de largura por 1 metro de altura com sua assinatura poderia ser comprado por 600 reais. Agora, uma obra semelhante não custa menos de 15 000 reais. “Já me assustei com os altos preços, mas eles são definidos pelos compradores internacionais”, diz o grafiteiro, cujas pinturas chegaram à coleção da cantora americana Christina Aguilera. Na sala de exposições, um cubo branco de 42 metros quadrados, Titi Freak apresentará a individual AmorInsistente, com vinte obras inéditas — a mais cara delas avaliada em 30 000 reais.

“Será uma área dedicada aos artistas já reconhecidos”, conta Ribeiro, referindo-se a nomes como Zezão, Carlos Dias e Stephan Doitschinoff. O primeiro andar do imóvel abriga cerca de 300 peças do acervo. Há espaço de sobra para vernissages, consultorias e encontros com artistas. Apenas aos sábados a visitação será permitida ao público. Ao abrir a nova unidade, a Choque Cultural marca de vez seu lugar na cena da arte paulistana. “Não concorremos com nenhuma outra galeria”, acredita Ribeiro. “Conseguimos ser respeitados e agregamos novos e jovens colecionadores ao mercado.”

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