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Frota paulistana aumenta 509 carros por dia

No ano passado, 186 000 carros passaram a circular pela cidade. Número total de automóveis já supera 5,6 milhões

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 1 jun 2017, 17h05 - Publicado em 2 fev 2015, 10h16

 

Apesar das recentes medidas adotadas para incentivar o uso do transporte coletivo, como as faixas exclusivas, o número de carros e motos emplacados na cidade deSão Paulo não para de aumentar – e em um ritmo maior do que nos últimos anos.

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Segundo estatísticas do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo, a quantidade de automóveis que começaram a circular nas vias paulistanas no ano passado cresceu 3,4% em relação a 2013. No mesmo período, 4,5% mais motocicletas foram para as ruas.

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Em 2014, 186 000 carros (509 por dia) e 45 000 motos (123 por dia) foram acrescentados à frota da cidade, ante 130 000 e 32 000 dois anos atrás. O número de carros chegou a 5,63 milhões e o de motos, 1,04 milhão.

As piores linhas de ônibus da capital na avaliação dos usuários

Na avaliação de especialistas, a situação só deve mudar com a melhora da qualidade do serviço de ônibus. Em 2014, o número de usuários nos coletivos administrados pela São Paulo Transporte (SPTrans) caiu 0,3%. E, embora a cidade já tenha 465 quilômetros de faixas exclusivas, esse mecanismo não é suficiente.

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Para Sergio Ejzenberg, engenheiro e mestre em Transportes pela Universidade de São Paulo (USP), a população opta pelos meios de deslocamento “menos ruins”.

“O tempo é o bem mais precioso e as pessoas têm levado até 5 horas para ir e voltar do trabalho de ônibus. Com uma moto paga à prestação, por exemplo, essa pessoa poderia voltar mais cedo para casa”, afirma Ejzenberg.

Trânsito na Rebouças
Trânsito na Rebouças ()
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Foi o que fez o universitário Thiago Anastacio, 30. Morador de Carapicuíba, na Grande São Paulo, e usuário de trem e ônibus, ele, comprou uma moto alguns meses após começar a estudar em uma faculdade na Barra Funda, na Zona Oeste.

“Pagava 12 reais por dia para ir voltar de trem e ônibus. Agora, com a moto, gasto 7 reais. Deixaria a moto de lado se o sistema de transporte público fosse mais barato e rápido.”

Já o consultor de Tecnologia da Informação David Ribeiro, 32, decidiu adquirir uma moto há quatro meses, depois que mudou de emprego. Ele vive na região de Interlagos, na Zona Sul, e sempre andou de transporte público.

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Antes, trabalhava no centro. “Agora, meu trabalho é em Moema e lá não tem metrô perto. Não quero depender de ônibus. Por isso, comprei a moto. Com ela, faço o percurso em 25 minutos. De ônibus, em no mínimo uma hora e meia.”

Bicicleta

Alexandre zum Winkel, que é consultor em Trânsito, afirma que apenas a abertura de novos eixos de transporte de alta capacidade, como linhas de metrô e corredores de ônibus, resolverá o impasse da mobilidade em São Paulo, atraindo pessoas dos transportes individuais para os coletivos.

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“Fala-se muito que está fazendo (metrô e corredores), mas isso não está sendo efetivamente sentido pela população. A prefeitura passou a incentivar mais a bicicleta em vez do transporte público e a maioria dos grandes corredores de ônibus previstos estão parados.”

Melhorias

A Secretaria Municipal dos Transportes informou, em nota, que estimula o uso do transporte coletivo, tendo obtido “resultados positivos” nesse sentido.

A pasta ressalta as melhorias, como as faixas de ônibus, as ciclovias (que já somam 214 km) e a construção de 150 quilômetros de corredores de ônibus, previstos para serem entregues até o fim de 2016.

Para a prefeitura, “não se pode relacionar o aumento de poder aquisitivo da população – refletido pela elevação de vendas de veículos – com a maior ou menor utilização do transporte público”.

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