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Fóssil de dinossauro de quase 16 metros é achado no interior

Os ossos com 90 centímetros de comprimento e 60 de largura seriam de um titanossauro, uma espécie de lagarto gigante que se alimentava de vegetais

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 9 ago 2017, 10h59 - Publicado em 9 ago 2017, 10h58

A descoberta de fósseis por um ciclista que fazia trilha na zona rural de Monte Alto, a 360 quilômetros da capital paulista, na semana passada, pode levar a novas descobertas sobre a presença de dinossauros no interior paulista. Os ossos indicam que o animal viveu na região que hoje corresponde ao município, localizado na região de Ribeirão Preto, e teria perto de 15 a 16 metros de comprimento.

O achado também servirá de base para estudos sobre a vida dessas espécies naquela época, cerca de 80 milhões de anos atrás. Os ossos foram levados para o Museu de Paleontologia de Monte Alto e vão se juntar a outros também de animais pré-históricos que habitaram a região.

Os materiais localizados agora, dois ossos articulados com 90 centímetros de comprimento e 60 de largura, seriam de um titanossauro, uma espécie de lagarto gigante que se alimentava de vegetais. “São aqueles dinossauros ‘pescoçudos’ que costumam ilustrar a era pré-histórica”, explica a paleontóloga Sandra Tavares, diretora do Museu de Monte Alto.

Ela contou que os fósseis estavam em uma área usada por pessoas que fazem trilha de bicicleta e moto, sendo preciso uma operação de emergência para retirar o material. “Mas agora ele já está em lugar seguro e temos algumas informações, sendo possível saber por exemplo que se trata de um animal da família dos titanossauros, ou seja, um herbívoro”, falou a paleontóloga.

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De acordo com ela, as análises vão prosseguir, ao mesmo tempo em que será marcada uma grande escavação na área da descoberta para localizar outras partes do animal. “Mas isso deve ficar para 2018, porque o museu está em reforma. Vamos esperar o fim dos trabalhos, até mesmo para ter um local adequado para colocar os materiais que forem achados”, disse Sandra.

Os fósseis estavam cravados em uma rocha e foram achados por André Giancherini, que acionou a equipe do museu. Ele contou à reportagem que pedalava ao lado de um amigo quando viu uma rocha branca, muito diferente das pedras da região. “Aqui elas são meio avermelhadas, mas esta era bem branquinha”, lembra.

Ao parar a bicicleta e limpar um pouco a rocha, ele diz ter notado que aquilo era um osso. “Estava perto de um barranco, foi uma grande surpresa”, falou. Seu interesse pelo assunto facilitou para que identificasse como sendo fósseis. Depois, ele ajudou os funcionários do museu a retirar e transportar o material.

Segundo a diretora do Museu de Paleontologia de Monte Alto, já está provado que animais pré-históricos habitaram a região. O acervo do museu reúne mais de 1 300 exemplares de fósseis, entre outros, de dinossauros, moluscos, tartarugas e crocodilos, todos do período cretáceo e recolhidos na região e em áreas distantes, como a Chapada do Araripe, no Ceará.

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Da região, entre os ossos mais recentes constam crânios de crocodilos que também viveram há milhões de anos. Após serem analisados e catalogados, esses bichos acabam recebendo nomes em alusão ao descobridor e à origem.

Exemplo é o Montealtosuchus arrudacamposi que, como o próprio nome diz, homenageia a cidade da descoberta – Monte Alto -, e quem o identificou, nesse caso o paleontólogo Antonio Celso de Arruda Campos, o “Professor Toninho”, falecido em 2015.

(Divulgação / Sandra Tavares/Veja SP)
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