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Fiscais da obra que desabou em São Mateus são exonerados

Funcionários de carreira, Alfredo Consiglio Carrasco e Décio Soares de Lima saem dos cargos, mas continuam na prefeitura

Por Nataly Costa
Atualizado em 5 dez 2016, 15h40 - Publicado em 10 set 2013, 21h52

Depois do desabamento de uma obra que matou 10 pessoas na Zona Leste de São Paulo no último dia 27 de agosto, a prefeitura de São Paulo demitiu dois funcionários que ocupavam cargos de chefia no setor de fiscalização de obras da subprefeitura de São Mateus. Alfredo Consiglio Carrasco, coordenador de planejamento urbano, e Décio Soares de Lima, supervisor técnico de fiscalização, deixaram a construção continuar mesmo com irregularidades. A controladoria agora apura a suspeita de recebimento de propina por parte de algum funcionário da subprefeitura. 

A coordenadoria de planejamento urbano agora passará às mãos do arquiteto Mário Fernando Petrilli do Nascimento, anteriormente lotado na secretaria de coordenação das subprefeituras. Roberta Cavalcante Damasceno, antes na subprefeitura da Sé, assumirá a supervisão de fiscalização. Tanto Carrasco quanto Lima, no entanto, continuam trabalhando na subprefeitura de São Mateus até o fim da investigação. Eles são funcionários públicos de carreira. 

Servidor municipal desde 1991, Carrasco foi à câmara dos vereadores há duas semanas dizer que estava no cargo “a contragosto” e denunciar a falta de estrutura do órgão. À Comissão de Política Urbana da câmara, afirmou que há “falhas gritantes” no processo de fiscalização e que são poucos funcionários para dar conta das obras em andamento na cidade. “Acho que não gostaram do que eu disse. Não deveria ter ido”, afirmou em entrevista à VEJASÃOPAULO.COM na terça (10). Ele já ocupou outros cargos, como o de supervisor de licenciamentos. 

 

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Já Décio Soares de Lima estava acima de Carrasco na hierarquia da fiscalização. Em depoimento à polícia no começo da semana, disse que “esqueceu” de pedir aos subordinados para supervisionar a obra. Lima era chefe de Valdecir Galvani de Oliveira, fiscal que multou duas vezes, embargou a obra e pediu exoneração dias depois. Ninguém foi colocado no lugar de Oliveira. 

Em nota, a prefeitura afirmou que os dois foram exonerados de seus cargos de chefia “após declarações recentes que colocaram em dúvida suas condutas”. 

 

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