Fabricante de bicicletas diz não ter vínculo com youtuber Monark

Empresa emitiu nota para dizer que nunca autorizou uso de seu nome

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 10 fev 2022, 18h48 - Publicado em 10 fev 2022, 18h33
Monark fala ao microfone
 (YouTube/Reprodução)
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A fabricante de bicicletas Monark emitiu uma nota de repúdio nesta quinta-feira (10) para explicar que não tem nenhum vínculo com Bruno Aiub, ex-apresentador e sócio do Flow Podcast que defendeu a existência de um partido nazista no Brasil.

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A nota foi postada pela empresa em seu site. Nela, a Monakr diz não ter nenhum vínculo com o youtuber apelidado de Monark, e que nunca autorizou o uso de seu nome por Aiub.

“Repudiamos veementemente qualquer manifestação de racismo ou conduta que possa prejudicar qualquer pessoa ou grupo social”, informa a nota.

nota Monark
(www.monark.com.br/Reprodução)

A fala de Aiub ocorreu durante uma entrevista realizada na última segunda-feira (7) que contou com a participação dos deputados federais Kim Kataguiri (Podemos) e Tabata Amaral (PSB) no canal.

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“A esquerda radical tem muito mais espaço do que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço. Eu sou mais louco que todos vocês. Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista, reconhecido pela lei“. afirmou Aiub.

Tabata chegou a repreender Monark (o apresentador) ao vivo. “Liberdade de expressão termina onde a sua expressão coloca em risco a vida do outro. O nazismo é contra a população judaica e isso coloca uma população inteira em risco”, disse.

A deputada também questionou se Kim achava errado a Alemanha ter criminalizado o nazismo. O sim do deputado também foi alvo de severas críticas.

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No dia seguinte, terça-feira (8), Monark usou as redes sociais para pedir desculpas sobre os comentários do podcast após forte repercussão na internet. Ele disse ter errado e alegou que estava bêbado.

O programa tinha 3,6 milhões de inscritos apenas no YouTube e perdeu patrocinadores após a repercussão negativa do caso. Várias pessoas que concederam entrevista ao podcaster pediram para ter os episódios tirados do canal. No mesmo dia, só que à noite, o Flow anunciou a saída de Monark.

Além disso, o rapaz terá que se explicar à Justiça, já que o Ministério Público Estadual abriu inquérito para investigar a suspeita de apologia ao nazismo.

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Na quarta-feira (9) foi a vez de Kim se desculpar. Mesmo assim, vários colegas da Câmara de Deputados insistem para que o seu caso seja levado ao Conselho de Ética da Casa.

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