Fabricante de bicicletas diz não ter vínculo com youtuber Monark
Empresa emitiu nota para dizer que nunca autorizou uso de seu nome
A fabricante de bicicletas Monark emitiu uma nota de repúdio nesta quinta-feira (10) para explicar que não tem nenhum vínculo com Bruno Aiub, ex-apresentador e sócio do Flow Podcast que defendeu a existência de um partido nazista no Brasil.
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A nota foi postada pela empresa em seu site. Nela, a Monakr diz não ter nenhum vínculo com o youtuber apelidado de Monark, e que nunca autorizou o uso de seu nome por Aiub.
“Repudiamos veementemente qualquer manifestação de racismo ou conduta que possa prejudicar qualquer pessoa ou grupo social”, informa a nota.
A fala de Aiub ocorreu durante uma entrevista realizada na última segunda-feira (7) que contou com a participação dos deputados federais Kim Kataguiri (Podemos) e Tabata Amaral (PSB) no canal.
“A esquerda radical tem muito mais espaço do que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço. Eu sou mais louco que todos vocês. Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista, reconhecido pela lei“. afirmou Aiub.
Tabata chegou a repreender Monark (o apresentador) ao vivo. “Liberdade de expressão termina onde a sua expressão coloca em risco a vida do outro. O nazismo é contra a população judaica e isso coloca uma população inteira em risco”, disse.
A deputada também questionou se Kim achava errado a Alemanha ter criminalizado o nazismo. O sim do deputado também foi alvo de severas críticas.
No dia seguinte, terça-feira (8), Monark usou as redes sociais para pedir desculpas sobre os comentários do podcast após forte repercussão na internet. Ele disse ter errado e alegou que estava bêbado.
O programa tinha 3,6 milhões de inscritos apenas no YouTube e perdeu patrocinadores após a repercussão negativa do caso. Várias pessoas que concederam entrevista ao podcaster pediram para ter os episódios tirados do canal. No mesmo dia, só que à noite, o Flow anunciou a saída de Monark.
Além disso, o rapaz terá que se explicar à Justiça, já que o Ministério Público Estadual abriu inquérito para investigar a suspeita de apologia ao nazismo.
Na quarta-feira (9) foi a vez de Kim se desculpar. Mesmo assim, vários colegas da Câmara de Deputados insistem para que o seu caso seja levado ao Conselho de Ética da Casa.