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Espetáculos com apresentações extras no Carnaval

Seis opções para quem vai ficar na cidade e quer aproveitar o feriado com boas peças

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 1 jun 2017, 18h20 - Publicado em 10 fev 2012, 23h50
Ensaio.Hamlet
Ensaio.Hamlet (Paulo Lacerda/)
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O Carnaval está chegando e quem vai ficar em São Paulo já pode se programar para não ficar em casa no feriado. Confira seis opções de espetáculos com apresentações extras no Carnaval.

+ “L’Illustre Molière” faz tributo ao rei da comédia

+ “Palácio do Fim” dá um choque de realidade no público

“Doze Homens e Uma Sentença”De Reginald Rose. Criado para um teleteatro, o drama ganhou projeção graças ao filme de Sidney Lumet, produzido em 1957. A história de uma dúzia de sujeitos encarregados de chegar a um veredicto é montada sob a direção de Eduardo Tolentino de Araújo. Em uma sala de reuniões estão as pessoas sentadas em torno de uma mesa. O réu foi acusado de assassinar o pai, e a decisão precisa ser unânime para executá-lo ou absolvê-lo. Todo o conflito começa quando um dos doze jurados (papel de Henri Pagnoncelli) opta pela dissonância e abala a convicção do grupo, até então decidido pela condenação. Avaliação ✪✪✪✪

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“Ensaio.Hamlet”

William Shakespeare escreveu a tragédia do príncipe da Dinamarca há mais de 400 anos. Desde então, a história foi montada exaustivamente pelo mundo afora, e recontá-la sem cair na mesmice tornou-se uma raridade. Eis o grande mérito deste espetáculo da Cia. dos Atores, lançado em 2004 e um dos melhores da década passada, que volta em curta temporada ao Sesc Belenzinho — com sessões inclusive na segunda e terça de Carnaval. A ousada direção de Enrique Diaz desconstrói o clássico sem subtrair sua riqueza literária. Alguns personagens foram suprimidos e os restantes são alternadamente interpretados pelos ótimos Bel Garcia, César Augusto, Felipe Rocha, Emílio de Mello, Marcelo Olinto e Susana Ribeiro. A base está no elenco de uma companhia mergulhada em uma adaptação da obra. Angústias, euforias e crises de ego são mescladas aos dramas de Hamlet, acossado diante do casamento da mãe com o maquiavélico tio e de sua paixão pela jovem Ofélia. Nesse jogo cênico, o visual fala alto. Os figurinos escuros e a iluminação, centrada no vermelho, valorizam a tensão e a trama fragmentada. Avaliação ✪✪✪✪


“Como Se Tornar uma Supermãe em 10 Lições”

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Como Se Tornar uma Supermãe em 10 Lições
Como Se Tornar uma Supermãe em 10 Lições ()

Aadaptação de Clara Carvalho para peça de Paul Fuks. Protagonizada por Eva Todor entre 1989 e 1991, a comédia inspirada no livro Manual da Mãe Judia, de Dan Greenburg, ganha montagem com Ana Lúcia Torre. Ela interpreta uma senhora judia capaz de qualquer sacrifício para proteger o filho (papel de Danton Mello). Durante uma palestra, o rapaz relembra a relação com a mãe. A frequente mão firme do diretor Alexandre Reinecke, desta vez, soou acomodada, tanto na encenação como na condução do elenco, completado por Ary França, Luciano Gatti e uma exagerada Flávia Garrafa. O carisma de Ana Lúcia, no entanto, garante a empatia do público. Avaliação ✪✪


“A Construção”

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A Construção
A Construção ()

Adaptação de Roberto Alvim para conto de Franz Kafka. Depois da parceria no espetáculo 45 Minutos, o ator Caco Ciocler e o diretor Roberto Alvim encontram-se em novo monólogo dramático, desta vez baseado no escritor checo. Em cena, a vida do autor e o conto se cruzam. Já doente, Kafka escreve A Construção trancado em casa para se proteger do mundo exterior. Em contrapartida, criou uma topeira, que cava um espaço para sobreviver debaixo da terra.


“R&J de Shakespeare — Juventude Interrompida”

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R&J de Shakespeare - Juventude Interrompida - 2255
R&J de Shakespeare – Juventude Interrompida – 2255 ()

De Joe Calarco. Escrito em 1997, o drama faz uma provocativa releitura de Romeu e Julieta. A trama se passa num colégio para rapazes, onde quatro estudantes começam a encenar o texto de Shakespeare como válvula de escape. Eles mergulham na peça e fazem paralelos com a própria vida. A criativa direção de João Fonseca tira proveito da metalinguagem e, apoiada em sutilezas, oferece múltiplas possibilidades ao elenco. Rodrigo Pandolfo, na pele de Julieta, confirma-se um promissor talento e cativa ao lado de Felipe Lima, João Gabriel Vasconcellos e Pablo Sanábio. Avaliação ✪✪✪✪


“Trair e Coçar… É Só Começar”

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Trair e Coçar... É Só Começar
Trair e Coçar… É Só Começar ()

De Marcos Caruso. Há mais de duas décadas em cena, a comédia é baseada na suspeita de adultérios múltiplos. Uma empregada (papel de Anastácia Custódia) envolve seus patrões e dois casais em confusões. Com Carlos Mariano, Ivan de Almeida, Carla Pagani e outros. AValiação ✪✪✪

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