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Escritório ecologicamente correto ganha certificado internacional

Com sensores de calor e funcionários trabalhando em casa, também foi possível economizar luz e água

Por Daniel Salles
Atualizado em 5 dez 2016, 19h04 - Publicado em 30 nov 2009, 11h20

O aumento gradual da temperatura na Terra criou uma preocupação inédita com o meio ambiente nos últimos anos. Nesse cenário, em que pega bem mostrar-se interessado na salvação do planeta, pipocam iniciativas para supostamente minimizar o aquecimento global. Criado em 1998 pela ONG americana U.S. Green Building Council, o Leadership in Energy and Environmental Design (Leed) é o mais importante certificado para atestar a qualidade ambiental tanto de prédios comerciais e residenciais quanto só de escritórios. Em outubro, a sede brasileira do laboratório alemão Boehringer Ingelheim tornou-se o primeiro escritório a passar pela fase de certificação do selo Leed Gold (há ainda a classificação platinum).’Cumprimos todas as exigências da ONG’, afirma Sérgio Pacheco, gerente de inovação e estratégia da companhia e responsável pela implementação do projeto. ‘Estamos aguardando apenas a auditoria final.’ Pleiteado em todo o mundo por mais de 29.000 empreendimentos – 148 dos quais no Brasil-, o selo foi concedido a apenas dez no país, cinco deles em São Paulo. A sede da Boehringer Ingelheim ocupa um andar e meio de uma das duas torres do complexo Rochaverá Corporate Towers, no Brooklin, que também é considerado pela ONG americana como ecologicamente correto. Nenhum dos outros escritórios do prédio, no entanto, tem o selo verde.

A ideia surgiu no começo do ano, em uma das reuniões do comitê criado para planejar a reforma da antiga matriz brasileira da Boehringer Ingelheim, em Santo Amaro. ‘Chegamos à conclusãode que seria mais vantajoso mudar de endereço e investir na criação de um espaço ecologicamente correto’, conta Pacheco. As principais características verdes do novo escritório, de 2.000 metros quadrados e que concentra 257 funcionários, são as seguintes:

■ O uso de copos e colheres descartáveis não é permitido. Canecas, pratos e talheres ficam à disposição dos empregados em uma cozinha montada no hall de entrada. Após o uso, a louça utilizada deve ser lavada por eles mesmos.

■ As luzes do teto acendem-se automaticamente, para aproveitar a iluminação natural, e 34 sensores de calor impedem que o ar-condicionado funcione em áreas que estejam vazias. Com as medidas, a conta de luz baixou de cerca de 12.000 para 7.200 reais mensais.

■ O desperdício de papel foi contido com a instalação de um sistema que obriga todos a se locomover até a impressora para autorizar cada impressão. A economia semanal com esse item foi de 70%.

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■ Existem apenas 200 estações de trabalho, com computador e telefone. Resultado: todos os dias, cerca de vinte pessoas precisam trabalhar em casa. ‘Não faz sentido obrigar os funcionários a realizar na empresa tarefas

que poderiam ser executadas em sua residência’, explica Pacheco. ‘Com isso, contribuímos para a melhora do trânsito e da poluição.’

Apesar de sair mais caro, construir um prédio verde pode ser vantajoso a longo prazo. ‘Os gastos com água e energia elétrica de um imóvel como esse são 35% mais baixos’, diz Nelson Kawakami, diretor executivo do braço brasileiro do Green Building Council. A expectativa da Boehringer Ingelheim é recuperar os 5 milhões de reais desembolsados com a nova sede em até três anos. E tem mais: com o objetivo de melhorar o desempenho dos funcionários, foram montadas uma sala de massagem e outra para jogar videogame, além de uma biblioteca com cerca de 1 000 títulos, emprestados pela Livraria Cultura. ‘Nossa meta é fazer com que as pessoas terminem o expediente mais contentes que no início do dia’, afirma Martin Nelzow, diretorgeral do laboratório no país.

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