Sindicato diz que 116 escolas municipais têm casos de Covid-19
Segundo o Sindsep, 335 pessoas entre servidores e alunos foram infectados e ocorreram dois óbitos; professores querem suspensão de aulas presenciais
O Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep) diz que 116 escolas registraram casos da Covid-19 desde que houve a reabertura das unidades municipais, no dia 15 de fevereiro. Segundo o sindicato, 335 pessoas entre servidores e alunos foram infectados e ocorreram dois óbitos por causa do novo coronavírus.
Parte dos professores da rede pública pede a suspensão das aulas presenciais. Eles alegam falta de estrutura e dizem não se sentir seguros para trabalhar em meio à exposição ao vírus. Na terça (2), Jean Gorinchteyn, secretário estadual da Saúde, afirmou que sua pasta vai solicitar a suspensão das aulas presenciais no estado de São Paulo.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, apenas 12 escolas tiveram aulas suspensas por conta de contaminação, mas os funcionários falam em subnotificação. Na rede estadual, foram 77 registros de casos de Covid-19 entre 8 a 12 de fevereiro, na primeira semana de volta às aulas.
Em 15 de fevereiro, a Vejinha já tinha ouvido queixas de professores de três escolas da capital. Todos denunciaram falta de estrutura para a transmissão das aulas online, baixo número de funcionários de limpeza e equipe insuficiente para lidar com o retorno.
Em resposta, a prefeitura disse que investiu 571 milhões de reais em reformas e compra de equipamentos para a retomada das atividades. Do total, 274 milhões foram para reformas de 552 escolas e 297 milhões para a compra de 760 000 kits de higiene (sabonete líquido, copo e nécessaire).