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Entrega da Linha 5 do Metrô vai atrasar de novo

As obras atrasarão pelo menos quatro meses; promessa original de entrega era 2014

Por Estadão Conteúdo
14 nov 2017, 10h00
A conexão da Linha 5-Lilás do Metrô com o restante da rede metroviária, prevista para ocorrer até dezembro, vai atrasar ao menos mais quatro meses (Reprodução / Divulgação / Governo do Estado de SP/Veja SP)
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A conexão da Linha 5-Lilás da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) com o restante da rede metroviária, prevista para ocorrer até dezembro, vai atrasar ao menos mais quatro meses. Em entrevista exclusiva, o secretário dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, apontou problemas na execução de obras entre as futuras Estações Eucaliptos e Moema e disputas administrativas entre empresas que fariam o acabamento das Estações Santa Cruz (ligação com a Linha 1-Azul) e Chácara Klabin (ligação com a Linha 2-Verde).

“Temos as sete estações em obras, com 4300 funcionários trabalhando e temos os cronogramas que pretendemos cumprir agora: entregar em janeiro a Estação Eucaliptos; em fevereiro, Moema, AACD-Servidor e Hospital São Paulo; em abril as duas integrações, Santa Cruz e Chácara Klabin; e em dezembro, Campo Belo”, relatou Pelissioni. Anteriormente, as estações estavam previstas para dezembro, exceto a Estação Campo Belo, que ficaria para 2018.

É mais um adiamento no cronograma da obra, cuja promessa original de entrega era 2014. Logo no início, porém, os serviços foram suspensos por suspeitas de ação de cartéis tanto nas obras civis quando no fornecimento dos trens – os processos ainda estão na Justiça.

Posteriormente, previa-se conexão para 2015 – alterado depois para 2016, 2017 e agora 2018. Ainda assim, as obras devem ser entregues pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), antes do prazo para sua desincompatibilização – caso venha a ser candidato a presidente – em abril.

O secretário explica que, entre Eucaliptos e Moema, houve um atraso de dois meses em obras das empresas Tiisa e Heleno da Fonseca, que atuam em consórcio, o que acabou afetando as obras de túneis de ventilação de segurança. “Já nas interligações, tivemos de contratar uma empresa para executar o acabamento e tivemos recursos administrativos e judiciais na licitação. Tentamos a todo o custo manter a meta, mas para manter a segurança vimos que não seria possível.”

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O consórcio, segundo o Metrô, foi multado em 4,6 milhões de reais. A reportagem procurou as empresas, mas não conseguiu localizar a assessoria de imprensa da Tiisa. Na Heleno, o Estado pediu posicionamento, mas os responsáveis não se pronunciaram até 23 horas.

Outro tema relacionado à Linha 5 ainda indefinido é a concessão do ramal, associado ao monotrilho da Linha 17-Ouro, à iniciativa privada. O edital está suspenso por determinação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que atendeu a pedido da bancada do PT na Assembleia. “Todos os esclarecimentos já foram prestados”, diz Pelissioni.

Enquanto isso, a população se mostra impaciente com a demora da obra. “Se tivesse metrô, eu já estaria em casa em vez de ficar parado, em pé, esperando o único ônibus que me leva em casa”, diz o consultor de vendas Fábio Henrique Sousa, de 33 anos, que aguardou o coletivo ontem por mais de uma hora. Iria de Moema, na Zona Sul, onde trabalha, até o Jardim Ângela, também na Zona Sul.

Pelissioni afirma que o restante das obras em execução no Metrô estão dentro dos prazos. A próxima inauguração, prevista para dezembro, é da Estação Higienópolis-Mackenzie, da Linha 4-Amarela, na região central da cidade.

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