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Fabio Feldmann: o verde que saiu da toca

Feldmann diz que sua missão é ajudar a candidata do PV à presidência, Marina Silva

Por Alessandro Duarte, Mariana Barros e João Batista Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 18h35 - Publicado em 24 set 2010, 23h45

Uma surpresa. É assim que Fabio Feldmann define a sua candidatura ao governo paulista. Formado em direito pela USP e em administração pela Fundação Getulio Vargas, ambientalista desde o tempo em que ecologia não estava na moda, ele preferia permanecer nos bastidores, como tem feito desde que trocou o PSDB pelo PV, em 2005. Isso até a senadora Marina Silva se filiar aos verdes para disputar a Presidência da República. O partido decidiu, então, lançar candidatura ao Palácio dos Bandeirantes. Feldmann, há doze anos ausente das eleições, concordou em sair da toca. “A Marina precisava ter uma base em São Paulo”, diz ele. “Fui escolhido pela coerência de pensamento.”

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Aos 55 anos, o candidato tem no currículo a fundação da ONG SOS Mata Atlântica e três mandatos como deputado federal. Seu projeto mais polêmico foi a criação do rodízio de carros na cidade de São Paulo quando era secretário estadual do Meio Ambiente no governo de Mario Covas, em 1996. A medida proibia a circulação dos carros um dia inteiro por semana para diminuir os índices de poluição. Hoje, ele ganha a vida como consultor de assuntos de sustentabilidade. AES Eletropaulo e Playcenter estão entre seus clientes.

A principal proposta de sua campanha é realizar uma transição para a chamada Agenda 21. O que seria isso? “Adotar medidas de desenvolvimento sustentável em todos os setores, como economia, educação, segurança, meio ambiente.” Mudar os hábitos alimentares dos alunos das escolas públicas, para combater a obesidade entre crianças e adolescentes, e criar uma Secretaria de Relações Internacionais e uma cliclovia que ligue as cidades do Litoral Norte são itens da lista dos projetos futuros. Desde o início do horário eleitoral, o candidato registra o mesmo índice de intenções de voto: 1%, segundo o instituto Datafolha. “Tenho apenas 59 segundos no ar”, justifica ele. “Parte considerável da população nem sabe que sou candidato.”

Judeu descendente de húngaros, Feldmann é membro da Congregação Israelita Paulista. Tem três filhos — Benjamin, 21 anos, Fernanda, 19, e Paula, 18 — e atualmente está solteiro. Seu último namoro, terminado no primeiro semestre deste ano, foi com Bia Cardoso, filha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ao contrário da turma do eco-friendly, o candidato come carne e é proprietário de veículos. Na verdade, de quatro. Nem todos de uso próprio. “Preciso renovar minha carteira de habilitação, vencida há três meses”, conta. Enquanto isso, jura que só anda pela cidade de táxi. Sua atividade física favorita é a caminhada, feita na esteira que tem em sua casa, localizada em uma vila no bairro de Pinheiros. “Ajuda a controlar meu diabetes.”

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