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SP: dois depoimentos geram dúvida sobre assassinato de morador de rua

Secretaria de Segurança diz que vai checar as novas informações

Por Agência Brasil
16 jan 2020, 09h50

Dois depoimentos tomados pela Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo geraram dúvidas sobre  a autoria do assassinato de Carlos Roberto Vieira da Silva, de 39 anos. Silva vivia nas ruas e morreu queimado no último dia 5. De acordo com a ouvidoria, um dos depoentes disse que o suspeito preso pela polícia – também morador de rua – tem dificuldade de locomoção e não poderia correr como faz a pessoa que aparece nas imagens de câmeras de segurança utilizadas pelas autoridades para identificá-lo.

Uma moradora da Mooca, que conhece há mais de dois anos anos o morador de rua morto e o que está preso, afirmou que o que está na prisão, que é conhecido como Buiu, tem deficiência física, pés inchados e dificuldade para se locomover, disse, em entrevista, o ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Benedito Domingos Mariano. “Pelo que ela conhece do morador de rua, não é ele que está na imagem, correndo após ter ateado fogo {ao corpo de Silva]”, acrescentou o ouvidor.  disse, em entrevista, o ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Benedito Domingos Mariano.

O segundo depoimento feito na ouvidoria traz a informação de que o autor do crime seria branco, magro e de barba, características diferentes das do suspeito preso, que é negro. “A pessoa coloca em declaração que, minutos antes, viu uma pessoa de preto parada próxima do morador de rua que foi morto, e que olhou para a pessoa, a pessoa também olhou para ele. E que a pessoa é branca, magra e de barba. Vendo as imagens depois do episódio, a pessoa declarante tem convicção de que se tratava da mesma pessoa que ateou fogo no morador de rua”, disse o ouvidor.

De acordo com a ouvidoria, os dois depoimentos foram feitos espontaneamente, um na segunda-feira (13) e o outro, ontem (14). As declarações de ambos foram encaminhadas, em ofício, para o 18º Departamento de Polícia, que investiga o caso, e para o Ministério Público Estadual.

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O morador de rua conhecido como Buiu está preso desde o último dia 8. Ele é acusado de atear fogo à vítima, que estava em situação de rua e dormia no momento do ataque, na noite de domingo (5). “Na minha visão, a investigação deve se aprofundar mais, está em aberto: são depoimentos importantes, que merecem uma análise detalhada da polícia judiciária”, ressaltou o ouvidor.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que os novos depoimentos serão checados. “O autor foi identificado, reconhecido por testemunhas, confessou o crime e teve o pedido de prisão temporária deferido pela Justiça. A autoridade policial está à disposição para ouvir as testemunhas que tiverem mais informações sobre o caso”, diz a nota da SSP.

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