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Ditador chileno Augusto Pinochet será homenageado na Alesp

Evento organizado por deputado do PSL é alvo de críticas e ocorre no aniversário de morte do general

Por Ricardo Chapola, Guilherme Queiroz
Atualizado em 20 nov 2019, 18h36 - Publicado em 20 nov 2019, 18h34

O ditador chileno Augusto Pinochet ganhará uma homenagem na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). No dia 10 de dezembro, data em que sua morte completa treze anos, o general será tema de um ato solene no Auditório Paulo Kobayashi. O evento, realizado a pedido do deputado estadual Frederico d´Avila (PSL), foi alvo de críticas.

No site da Alesp, a agenda das solenidades que ocorrem no prédio da Zona Sul da capital omite o sobrenome pelo qual o ditador é reconhecido. Pinochet é colocado como “Augusto P. Ugarte”. Procurada, a Casa afirmou que “trata-se de um ato solene solicitado pelo próprio parlamentar“. Disse ainda que “a Mesa Diretora da Casa não tem interferência em nenhuma parte desse processo”.

Convite para o evento que circula nas redes sociais: homenagem ao ditador Augusto Pinochet (Reprodução/Divulgação)

Para a Vejinha, d´Avila justificou o evento afirmando que “Pinochet conduziu seu governo de forma brilhante, impedindo que o cenário ditatorial e violador de direitos humanos cubano e soviético da época se instalasse no seio da sociedade chilena”. Explicou ainda que “acabou a era de exaltar terroristas como se heróis fossem. O presidente, em dezessete anos do seu governo, transformou o Chile na economia mais pujante da América Latina”.

Sobre a omissão do sobrenome no site da Alesp, a assessoria de imprensa do deputado disse que “o convite está sendo enviado com o sobrenome Pinochet por extenso”, e que não há motivos para a abreviação.

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O general ficou no poder do Chile por dezessete anos, em uma ditadura que contabilizou mais de 3 200 mortos e cerca de 38 000 pessoas torturadas. Em 1973, as Forças Armadas do país derrubaram o então presidente Salvador Allende, que acabou se suicidando depois do episódio. Pinochet morreu em 2006, e chegou a ser preso em Londres em 1998, procurado por crimes contra a humanidade.

 

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