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Empresário compra produtos apreendidos da Daslu e realiza feira

Marcio Pancha utilizou o escritório de sua empresa para vender as 2 846 peças de roupa e acessórios das grifes Chanel e Gucci

Por João Batista Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 18h45 - Publicado em 18 jun 2010, 12h57

Parecia que tinha virado um caminhão de Coca-Cola na rua. É dessa forma que o empresário paulistano Marcio Pancha define o alvoroço causado pelo bazar promovido entre 22 e 29 de maio no Parque Jabaquara. Ele utilizou o escritório de sua empresa, a Paulistano Informática Ltda., para vender as 2 846 peças de roupa e acessórios das grifes Chanel e Gucci arrematadas em leilão realizado em 6 de maio no Porto de Paranaguá, no Paraná. Todas essas peças eram para estar nas araras da Daslu, que as importou da Europa há dois anos, mas a Receita Federal as apreendeu durante a operação em que a marca foi acusada de subfaturar mercadorias estrangeiras para diminuir a incidência de imposto. O lance inicial do leilão, disputado por trinta empresas, foi de 300 000 reais. “Não revelo quanto paguei por questão de segurança”, afirma Pancha, surpreso com a rapidez das vendas. “Minha expectativa era que os produtos acabassem em um mês. Mas duraram sete dias.”

Parte desse sucesso se deve à estratégia de divulgação. O empresário disparou e-mails a cinquenta amigas e deixou panfletos dentro dos banheiros femininos dos shoppings Iguatemi e Cidade Jardim. Foi batata. “Jamais perderia essa liquidação”, diz a advogada Fernanda Sayeg, que a-d-o-r-a marcas badaladas e foi avisada da venda por uma amiga de uma amiga. “Tenho seis bolsas Louis Vuitton, duas Prada, duas Chanel…” No sábado (29), último dia do bota-fora, sobravam apenas 3% do conteúdo arrematado no leilão. Por isso, Fernanda não encontrou a bolsa 2.55 de couro da Chanel (12 000 reais na loja da grife e à venda por 3 200 reais no bazar). Para não sair de mãos vazias, levou para casa dois pares de sapatos Gucci por 350 reais cada um. “Um para mim e outro para meu namorado.”

Acostumadas a ser recebidas com espumante nas butiques chiques, as madames tinham de se contentar com outro tratamento. Como ficar em filas esperando a vez de entrar — apenas sete pessoas podiam comprar simultaneamente. As mais espertinhas deixavam os motoristas plantados de pé, enquanto tomavam um café na padaria ao lado. Também não havia provador. “Estou exausta de tanto trabalhar, mas valeu a pena”, conta Gislaine Souto, amiga de Pancha, que atuou como vendedora. Pelo serviço, a moça ganhou três bolsas e três lenços da Chanel, além de dois pares de sapatos, uma carteira, uma camisa e um casaco da Gucci. Gislaine perdeu a conta de quantas mulheres gastaram mais de 40 000 reais. “Muitas levaram quinze bolsas de uma só vez.”

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