Continua após publicidade

Cunha aceita pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff

Presidente da Câmara acata argumentos apresentados pelos juristas Hélico Bicudo e Miguel Reale. Próximo passo é a criação de comissão para análise do pedido

Por Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 11h50 - Publicado em 2 dez 2015, 19h01
Eduardo Cunha
Eduardo Cunha (FramePhoto/Folhapress/)
Continua após publicidade

A crise política do atual governo Dilma Rousseff parece ter atingido seu ápice. Eduardo Cunha, presidente da Câmara, autorizou nesta quarta (2) a abertura do processo de impeachment da presidente. O anuncio ocorreu no começo da noite desta quarta (2), durante sessão no plenário. 

+ Quatro casos de microcefalia em SP podem ter relação com vírus zika

Cunha afirmou que, dos sete pedidos de afastamento que ainda estavam aguardando por sua análise, deu andamento ao requerimento formulado por Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal, em 21 de outubro, endossado por partidos de oposição. O lider peemedebista anunciou que vai criar uma comissão especial que analisará o processo de impeachment.

Bicudo, um dos fundadores do PT, incluiu no processo as “pedaladas fiscais” do governo em 2015, como é chamada a manobra para atrasar repasses a bancos públicos a fim de cumprir as metas parciais da previsão orçamentária.

Continua após a publicidade

A decisão se dá justamente no dia em que a bancada do PT resolveu votar pela continuidade das investigações contra Cunha no Conselho de Ética.

Pressionada pela militância, a bancada acabou por ir contra os interesses do Palácio do Planalto, que trabalhava para poupar o peemedebista do processo de cassação – ao negar a Cunha os três votos que o salvariam no colegiado, a legenda acabou por selar também o destino de Dilma.

A autorização de Cunha é apenas o primeiro passo para o processo de impeachment. Agora, deve ser criada uma comissão composta por representantes de todas as bancadas da Câmara para emitir um parecer favorável ou contrário à continuidade da ação e será aberto prazo para a presidente apresentar sua defesa. O processo ainda precisa ser colocado em votação pelo presidente da Câmara e aceito por pelo menos dois terços dos deputados – ou seja, 342 congressistas.

Continua após a publicidade

Entenda o passo a passo até o impeachment

-Eduardo Cunha, presidente da Câmara, decide acolher as denúncias pelo crime de responsabilidade da presidente Dilma Roussef

-Após a decisão de Cunha, é instalada uma comissão especial para analisar o pedido, com deputados de todos os partidos, sempre em número proporcional ao tamanho da bancada de cada legenda

-Instalada a comissão, Dilma Roussef é notificada e terá como prazo para se manifestar dez sessões do plenário

Continua após a publicidade

-Após a manifestação da defesa, a comissão tem cinco sessões para votar o relatório final, com parecer a favor ou contra a abertura do impeachment

-48 horas após a publicação, o parecer é incluído na ordem do dia da sessão seguinte do plenário

-Já no plenário, o processo de impeachment será aberto se dois terços dos deputados votarem a favor, ou seja, 342 dos 513 deputados

Continua após a publicidade

-Aberto o processo de impeachment, Dilma Roussef é obrigada a se afastar por até 180 dias e o processo segue para julgamento no Senado

-Já no Senado, a sessão que decidirá sobre o impeachment é presidida pelo ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). O impeachment só será aprovado se 54, dos 81 senadores, votarem a favor

-Caso seja absolvida pelo Senado, Dilma Roussef reassume seu mandato imediatamente. Se for condenada, é automaticamente destituída e o vice-presidente é empossado. No caso, Michel Temer, do PMDB

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de 35,60/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.