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Covas e Boulos confirmam presença em debate da Band para segundo turno

Bruno Covas conquistou 32,85% dos votos válidos e Guilherme Boulos alcançou, 20,24%

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 16 nov 2020, 13h54 - Publicado em 16 nov 2020, 13h50
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  • Os candidatos Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL) confirmaram que irão participar do debate eleitoral promovido pela TV Bandeirantes para o segundo turno das eleições municipais de São Paulo. O encontro está previsto para esta quinta-feira (19), às 22h30. 

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    Em entrevista ao Bora SP, da Band, o atual prefeito Covas afirmou que espera um “debate de alto nível”, e que seja “mais propositivo”. “Que a gente possa focar nos problemas e nas soluções da cidade de São Paulo, diferente de outros debates que a gente teve no primeiro turno, aonde, muitas vezes, os candidatos sabiam que não tinham a menor chance e estavam ali apenas para aparecer”.

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    Boulos destacou que o primeiro turno “foi uma batalha de Davi contra Golias” e disse que Covas esconde um relacionamento com o atual governador de São Paulo, João Doria. “Eu não escondo quem me apoia […] O Bruno Covas escondeu o Doria no primeiro turno inteiro. Eu até perguntei em um dos debates se ele botava a mão no fogo pelo João Doria, ele não me respondeu. Eu estou esperando essa resposta até hoje. Escondeu também o seu vice, que está envolvido em suspeitas em relação a negócios de creches conveniadas na cidade”.

    Primeiro turno na capital

    Bruno Covas atingiu a marca de 32,85 % dos votos válidos no primeiro turno das eleições pela prefeitura de São Paulo. Guilherme Boulos alcançou 20,24%. Com respectivos 40 e 38 anos, eles farão o segundo turno “mais jovem” desde a redemocratização na capital paulista.

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    Houve atrasos na divulgação dos resultados. Em 2020, o TSE centralizou as informações sobre os estados nos servidores de Brasília. O núcleo de um supercomputador do órgão funcionou mal e São Paulo acabou tendo a contagem mais lenta que o esperado, informou Luís Roberto Barroso, presidente do TSE. Em 2016, o resultado saiu oficialmente às 20h34.

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    A corrida pelo segundo turno foi disputada até os últimos momentos. Enquanto Covas disparava na liderança nas pesquisas, Boulos, Márcio França (PSB) e Celso Russomanno (Republicanos) travavam uma disputa apertada para enfrentar o tucano. França teve 13,64% dos votos válidos, Russomanno marcou 10,50%. Estreante da disputa, Arthur do Val, do Patriota, chegou a 9,78%. O PT repetiu o desempenho ruim do último pleito, com Jilmar Tatto registrando 8,65% da preferência dos eleitores. Joice Hasselmann teve 1,84%.

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    No discurso após a divulgação dos primeiros resultados eleitorais, Covas deu o tom da campanha que fará no segundo turno contra Boulos. Ao lado de João Doria no palanque, o tucano insistiu em pintar o concorrente como um radical. “A esperança venceu os radicais no primeiro turno, e a esperança vai vencer os radicais no segundo turno”, disse o atual prefeito. “São Paulo quer eleger um prefeito, não quer ninguém que seja um ‘anti’, que seja totalitarista, que seja radical”, ele afirmou.

    “Radicalismo para mim é a cidade mais rica do pais ter gente que revira o lixo pra comer. É no meio da pandemia a prefeitura manter hospital fechado. Radicalismo é o abandono do povo numa cidade como SP”, rebateu Boulos, em discurso feito no Campo Limpo, onde mora. No Twitter, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) declarou apoio ao candidato do PSOL: “Progressistas, ninguém arreda o pé de São Paulo até a vitória de @GuilhermeBoulos e a derrota dos tucanos. Vamos à luta.”, ele postou.

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    Neto do ex-governador Mário Covas (no cargo entre 1995 e 2001, quando foi vítima de um câncer com origem na bexiga), Covas nasceu e cresceu na militância tucana. Estudante do colégio Bandeirantes, ele se filiou ao partido aos 17 anos. Formou-se em Direito (USP) e Economia (PUC). Em 2018, assumiu a prefeitura no lugar de João Doria, que deixou o cargo para disputar o governo do estado — e de quem ele se distanciaria politicamente. Em outubro de 2019, descobriu um câncer no aparelho digestivo, ainda em tratamento. Tem como vice o vereador Ricardo Nunes, do MDB.

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    Guilherme Boulos, 38, surgiu na cena política paulistana como líder do MTST, movimento que representa os sem-teto. Filho de um casal de infectologistas e professores da USP, ele cresceu na zona oeste paulistana. Aos 19 anos, deixou o conforto da classe média para morar em ocupações de pessoas sem moradia em Osasco. Graduado em Filosofia (USP) e mestre em psiquiatria (USP), atuou como professor na rede pública e em universidades. Após um resultado ruim na corrida presidencial de 2018 (com 0,58% dos votos), ele agora consegue superar a hegemonia do PT nos votos da esquerda paulistana. Tem como vice a ex-prefeita Luiza Erundina.

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    Nas últimas semanas, Boulos tinha registrado uma arrancada nas pesquisas eleitorais, enquanto Celso Russomanno (Republicanos) caiu. No sábado (14), um levantamento do Datafolha mostrou Covas com 37% dos votos válidos, seguido por Boulos com 17%, Márcio França (PSB) com 14% e Russomanno com 13%. Nas simulações de segundo turno, a mesma pesquisa mostrou que o tucano venceria Boulos por 57% a 30%. Nas vésperas do primeiro turno, o interesse pelos nomes de Covas e Boulos disparou nas buscas do Google.

    Quando assumiu a prefeitura, em 2018, Covas se tornou o mais jovem prefeito a comandar São Paulo. Ele tinha 38 anos. Fernando Haddad (PT) tinha 49 quando venceu em 2012. Gilberto Kassab (PSD) sucedeu José Serra, em 2006, aos 45 anos de idade.

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