Conpresp vai pedir embargo de reforma no Copan
Segundo o órgão, a administração do prédio não ainda tinha autorização para dar início a restauração da fachada
A obra de restauração da fachada do edifício Copan, na região central de São Paulo, poderá ser embargada. A administração do prédio não tinha autorização para começar a reforma, segundo o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp).
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Segundo o representante do Conpresp Marco Antonio Winther, em 2011, foi autorizada a instalação de uma tela azul sobre o prédio – medida de segurança, devido a queda das pastilhas sobre a calçada. Assim como a retirada de pastilhas que estavam soltas, com a orientação que essas fossem guardadas. “Também foi solicitado que eles entregassem um projeto de restauro com um levantamento da situação da fachada para avaliação”, disse. “Não houve resposta, até que eles iniciaram a obra com remoção total das pastilhas.”
O órgão encaminhará o pedido de embargo à subprefeitura da Sé e abrirá um processo de multa. O valor não foi decido porque ainda será avaliado o tamanho do dano. Caso exista uma multa, os proprietários deverão arcar as despesas. “Não é um procedimento fácil”, disse Winther. A VEJA SÃO PAULO um funcionário do prédio informou que a administração ainda não foi notificada pelo embargo e a obra continua.
A restauração da fachada do edifício projetado por Oscar Niemeyer (1907-2012) foi iniciada em outubro e orçada em 23 milhões de reais. Na época, o condomínio tinha 13 milhões de reais destinados para a obra e esperava conseguir o resto por meio de parcerias com empresas privadas.