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Como escolher eletrônicos duráveis? Especialistas dão dicas para não errar

Ao investir em novos aparelhos eletrônicos para a casa, algumas dicas e precauções ajudam a escolher os modelos mais resistentes e econômicos

Por Humberto Abdo
1 out 2021, 06h00

Confira dicas de especialistas para não errar quando for adquirir – ou até mesmo utilizar – um novo aparelho eletrônico:

De olho na etiqueta

“O selo do Inmetro comprova que vários testes foram feitos com o produto e são uma garantia de qualidade”, ressalta André Godoi, coordenador do curso de análise e desenvolvimento de sistemas da Universidade Estácio de Sá. “Isso vale tanto para o liquidificador barato como para o eletrodoméstico de 200 000 reais.” Além dessa certificação, os especialistas recomendam prestar atenção às especificações que confirmam a eficiência do equipamento, como a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia, feita para definir o desempenho energético de cada item, e o selo Procel, usado em modelos com baixo índice de uso de energia.

Fáceis de arrumar

Se a marca escolhida tem assistências técnicas confiáveis e boa oferta de profissionais especializados em consertos, a dor de cabeça na hora de arrumar um aparelho quebrado será menor. “Tudo que é mecânico se desgasta, isso é físico”, observa André. Com essa máxima em mente, considere as opiniões on-line sobre os serviços de reparo disponíveis para aquela tecnologia. Se os defeitos mais frequentes de um modelo específico costumam ser insolucionáveis ou difíceis de arrumar, não vale a pena comprar algo que dará “perda total” ao primeiro sinal de desgaste.

O dilema das baterias

Baterias removíveis são a garantia de que um produto terá durabilidade maior. Tecnologias que funcionam sem fios são alimentadas por uma bateria de íon de lítio, que só aguenta ser carregada por um determinado número de vezes — para a maioria dos celulares e laptops, basta substituir esse componente quando isso acontecer. Nos itens mais compactos, a bateria não pode ser desacoplada do aparelho. Fones de ouvido sem fio, como os AirPods, da Apple, são exemplos de produtos com baterias insubstituíveis. Se estiver buscando qualquer coisa com bateria —‚ porta-retratos digitais, câmeras e alto-falantes —, confira antes essa especificação.

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Quando vale pagar mais?

A decisão de escolher entre um aparelho simples e sua versão mais cara depende da intensidade de uso. “Tudo tem um ciclo. Os celulares são mais usados, tem gente que troca todo ano e aquelas pessoas que só querem trocar a cada quatro anos”, diz Arthur Igreja, palestrante e fundador da plataforma AAA. Para itens essenciais e de uso frequente, como as geladeiras e os próprios celulares, pagar um pouco mais por marcas conhecidas é um investimento a longo prazo, e assim o produto tende a durar mais. Para eletrodomésticos de uso esporádico, como uma máquina de café ou o ferro de passar roupas, as opções baratas dão conta do recado.

O que dizem os entusiastas

Sites e fóruns de tecnologia transbordam de resenhas e detalhes sobre cada produto e são uma boa maneira de descobrir opções confiáveis. “A fabricante nunca vai admitir isso, mas cada lote de produto tem uma pequena porcentagem que indica quantas unidades podem dar defeito, isso já é esperado pelas marcas”, aponta André Godoi. Para fugir dessa possibilidade, vale conferir o mapeamento feito pelas comunidades on-line, que descrevem as falhas mais comuns e até os lotes mais defeituosos. “No caso das televisões, o ‘pixel morto’ costuma ser o principal problema e é algo que só aparece com um ou dois anos de uso”, exemplifica André. “Por isso é tão importante procurar esse conhecimento coletivo, que vai além dos testes oficiais”, complementa o especialista Arthur Igreja.

O manual não saiu de moda

Eletrodomésticos que funcionariam por até dez anos podem durar apenas cinco se o usuário ignorar os critérios de uso. Para ficar por dentro dessas regras, deve-se ler o manual. “Isso aumenta a vida útil. As máquinas de lavar são um item que quebra sempre porque as pessoas não leem antes. Muitas vezes é defeito por mau uso”, diz André. No caso das lavadoras, o excesso de peso costuma ser um erro comum. “Ao centrifugar, as roupas encharcadas pesam muito e excedem a resistência mecânica da bacia giratória.”

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Lâmpadas do bem

Já é senso comum que as lâmpadas de LED são mais econômicas, mas como escolher as mais eficientes? “Opte por aquela que tem garantia de três anos”, crava André Godoi. “Hoje elas custam em média 20 reais e uma garantia tão duradoura como essa indica que a fabricante realmente confia no produto, em contraste com a marca que não descreve nada.” Outro fator é a potência. “Quanto mais potente, mais ‘exigente’ será a lâmpada. Nesse caso, ela pode se aquecer um pouco e o calor vai desgastando os contatos internos. Em geral, lâmpadas muito fortes têm vida útil menor.”

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Publicado em VEJA São Paulo de 6 de outubro de 2021, edição nº 2758

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