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Como driblar o tempo seco

Saiba como diminuir o desconforto causado pela estiagem que assola a capital

Por Sara Duarte
Atualizado em 5 dez 2016, 19h28 - Publicado em 18 set 2009, 20h29

Entre o dia 22 de junho e a última quarta (23), não caiu uma gota de chuva sobre a cidade de São Paulo. De acordo com o meteorologista Marcelo Schneider, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), este deve ser o mês de julho mais seco na capital em duas décadas. “A última vez que choveu tão pouco foi em julho de 1988: apenas 2,2 milímetros”, afirma. A culpa é de uma massa de ar quente e seco estacionada sobre o estado há mais de duas semanas. “Ela impede a formação de nuvens e a chegada de frentes frias vindas do oceano. Isso diminui sensivelmente a umidade relativa do ar, que é a quantidade de água presente na atmosfera”, explica Hilton Silveira Pinto, professor de agrometeorologia da Unicamp. Além de deixar o ar carregado – devido ao acúmulo de poeira, fumaça, pólen e partículas de gases como o dióxido de carbono –, esse fenômeno provoca uma gangorra climática. Pela manhã, os termômetros marcam, em média, 12 graus e a umidade relativa do ar chega a 80%. Entre 14 e 16 horas, quando a insolação é máxima, a temperatura atinge até 28 graus, com umidade relativa de apenas 20%. À noite, repete-se o cenário do início da manhã. Essa oscilação constante produz efeitos desagradáveis, como tosse, congestão nasal, ressecamento da pele e irritação dos olhos (veja o quadro).

Para crianças, idosos e alérgicos, mais suscetíveis a problemas respiratórios, a sensação de desconforto é maior. “Quando a umidade relativa do ar cai para menos de 30%, ocorre um ressecamento das mucosas desde o nariz até os brônquios, abrindo caminho para infecções”, afirma o pneumologista Arthur Rothman, do Hospital Israelita Albert Einstein. No Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, segundo o pediatra Roberto Tozze, houve um aumento de 40% no número de atendimentos neste mês. “O maior erro é querer combater sintomas como a tosse e a coriza com antigripais ou xaropes”, diz. “Neste tempo seco, tudo de que o corpo precisa é estar hidratado.” A estiagem deve continuar até o fim de agosto. “Historicamente, nesta época do ano os ventos são fracos e há poucas pancadas de chuva”, afirma Schneider. Portanto, o melhor a fazer é tomar até 2 litros de água por dia, evitar atividades físicas ao ar livre das 11 às 17 horas e espalhar vaporizadores, toalhas molhadas e bacias com água pela casa.

Outras dicas para sobreviver a estes tempos

* Evite fazer exercícios físicos ao ar livre entre 11h e 17h

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* Umidifique os ambientes da casa com vaporizadores, toalhas molhadas e bacias com água

* Troque os banhos muito quentes, que ressecam a pele, por duchas mornas

* Deixe um frasco de soro fisiológico sempre à mão, para reidratar olhos e narinas

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* Na medida do possível, procure manter-se longe de aglomeração de pessoas e de ambientes fechados, com ar-condicionado

* Limpe diariamente a casa com pano úmido para retirar a poeira acumulada

Fontes: Cetesb, Inmet e Unicamp

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