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“Ciranda” debate as relações de família e de poder

Comédia dramática de Célia Regina Forte dispensa esterótipos e usa a caricatura somente para reforçar o contexto da obra

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 17h53 - Publicado em 30 jul 2011, 00h50

Em 2007, a jornalista Célia Regina Forte estreou na dramaturgia com a comédia “Amigas, Pero no Mucho”. Dirigida por José Possi Neto, a montagem conquistou a simpatia do público ao enfocar quatro mulheres (todas vividas por atores) e suas neuroses. Enquanto tinha o primeiro texto encenado, a autora já formatava sua segunda investida. Após quatro anos, a comédia dramática Ciranda referenda Célia como uma relevante dramaturga.

Novamente o universo feminino dá as cartas, mas ela dispensa qualquer estereótipo e usa a caricatura somente para reforçar o contexto da obra. Também sob o comando de José Possi Neto, as atrizes Tania Bondezan e Daniela Galli se revezam nos papéis da avó, mãe e neta de uma mesma família.

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Nascidas em gerações diferentes, cada uma possui a própria conduta e ponto de vista. Lena (interpretada por Tania) é uma riponga fora de época que toca um restaurante vegetariano, diverte-se com os amigos e morre de tristeza ao ver seu exato oposto na única filha, Boina (papel de Daniela). Executiva fria, ela só pensa em dinheiro e não cansa de criticar o jeito desencanado da mãe. Um fato inesperado leva Lena a assumir a guarda da neta, Sara (também personagem de Daniela).

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O tempo passa e, nos dias atuais, os diferentes perfis dessas três mulheres são postos em xeque. Possi concentrou-se basicamente no texto e no elenco para compor o espetáculo. Célia destila sarcasmo e ironia, principalmente nas divergências entre Lena e Boina, e flerta com o folhetim para solucionar a trama e dar um rumo à relação de Boina e Sara. Os diálogos, muitos deles repletos de subtextos, são devidamente explorados pelas atrizes, principalmente por Daniela, responsável por dar corpo a dois tipos tão contrastantes sem recorrer às soluções fáceis.

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