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Cidade de São Paulo tem um celular roubado a cada cinco minutos

Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública indicam alta nesse tipo de crime no primeiro bimestre deste ano

Por Clayton Freitas
Atualizado em 2 Maio 2022, 11h58 - Publicado em 2 Maio 2022, 11h55
Imagem de câmera de segurança mostra rua com moto encostada na calçada e um homem ajoelhado, ao fundo, e outro em pé, com uma mochila laranja nas costas
Registro de câmera de segurança mostra momento de abordagem de motoqueiro disfarçado de entregador; operação sufoco quer inibir esses crimes (Redes sociais/Reprodução)
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Em média, a cada cinco minutos acontece um roubo de celular na cidade de São Paulo. Foram 17 044 apenas entre janeiro e fevereiro, número que representa uma alta de 4,30% desse tipo de crime em relação a igual período do ano passado.

A tabulação dos registros com base nos boletins de ocorrência foi feita pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Segundo os dados levantados pelos pesquisadores, apesar da alta em relação a 2021, os números deste primeiro bimestre de 2022 são 26,4% inferiores ao registrado em 2020, quando 23 155 celulares foram roubados.

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A diferença entre os períodos pode ser explicada por alguns aspectos: as medidas de restrições no começo de 2021 eram mais rígidas emr relação as existentes agora, já que todas as atividades econômicas estão permitidas; e, em 2020, houve Carnaval em fevereiro, o que impacta diretamente nas estatísticas relacionadas a esse tipo de crime.

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Por vezes esses roubos resultam em casos extremos de violência. Foi o que aconteceu com Renan Silva Loureiro, de 20 anos, morto a tiros na segunda-feira (25) da semana passada após um falso entregador roubar o seu celular e avançar contra a namorada do jovem, no Jabaquara, Zona Sul da capital. O suspeito de ter cometido o crime foi preso na última sexta-feira (29).

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Reportagem publicada em fevereiro deste ano pela Vejinha já havia revelado que esse tipo de crime persistia mesmo durante a pandemia, já que, em 2021, foram registrados 156 818 roubos e furtos de aparelhos celulares na capital, numa média de três minutos e meio.

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Pelos dados, tabulados com exclusividade para a reportagem pelo Departamento de Pesquisas em Economia do Crime, da Fecap (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado), é possível constatar que os roubos estão concentrados mais nas regiões periféricas: tais como Capão Redondo; Grajaú; Jardim Ângela e Campo Limpo; enquanto os furtos estão concentrados mais em regiões centrais, tais como Brás; República; Bela Vista; Pinheiros e Bom Retiro.

Segundo especialistas, essa epidemia de assaltos de celulares está relacionada ao fato de que eles se tornaram verdadeiros “caixas eletrônicos ambulantes”, pela facilidade de transferir dinheiro.

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