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Ciclovia da Marginal Pinheiros ganha câmeras de inteligência artificial

Equipamentos permitem detectar movimentações suspeitas no local. No futuro, os algoritmos poderão detectar excesso de velocidade e até armas

Por Clayton Freitas
17 jun 2022, 06h00

Quem costuma pedalar pela ciclovia às margens da Marginal Pinheiros pode nem ter percebido, mas está sendo bastante vigiado. Mais precisamente por 110 câmeras, algumas dotadas de inteligência artificial — por enquanto, 38 já possuem a tecnologia, mas, em breve, todas terão.

Elas são a cereja do bolo de um grande pacote de segurança para tentar trazer mais tranquilidade aos cerca de 160 000 ciclistas que frequentam o local mensalmente. O combo inclui ainda botões de pânico a cada quilômetro da via, que devem estar totalmente instalados e em operação até o fim deste mês. Ao serem acionados, vão emitir um aviso luminoso e sonoro para alertar as equipes de vigilância.

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“Detectamos todos os pontos de alta vulnerabilidade, sobretudo para as mulheres”, diz Michel Farah, que administra a ciclovia.

A central de monitoramento é fruto de uma parceria da Farah Service com a Avantia, empresa especializada em emprego de inteligência artificial para equipamentos de segurança. Segundo explica o diretor comercial da Avantia, Maurício Ciccio, assim que a imagem é captada, ela é analisada pelo próprio sistema. Ao detectar alguma anormalidade, o servidor gera uma espécie de alerta para o operador. Se ele confirmar se tratar de algo que deva ser analisado no local, as equipes de segurança são avisadas.

Homem sentado frente às telas de monitoramento das câmeras de inteligência artificial
“BBB” da ciclovia | Inteligência artificial: câmera é programada para “entender” movimentos suspeitos e poderá, no futuro, detectar pessoas armadas; central de videomonitoramento fica em contêiner (Alexandre Battibugli/Veja SP)

Os chamados analíticos — algoritmos que as câmeras analisam e geram os avisos — atuais envolvem aglomerações (que podem indicar desde um acidente até um tumulto); abuso de permanência, que pode ser entendido como alguém que está lá para tentar praticar algum crime; e leitura de placas de veículos, já que apenas os oficiais ou autorizados podem circular por lá.

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No futuro, os algoritmos poderão detectar excesso de velocidade e até armas. “É um projeto vivo e vamos aprender muita coisa durante essa experiência”, diz Ciccio.

O investimento inicial é de 500 000 reais, além de 40 000 por mês para manutenção. Hoje, os equipamentos estão dispostos nos 14 quilômetros do trecho da ciclovia que fica entre as pontes do Jaguaré e do Morumbi.

O projeto prevê chegar a 500 câmeras até janeiro de 2023, que devem ser instaladas no trecho da Ciclovia São Paulo da Rua Miguel Yunes até a ponte estaiada, e na outra margem, na Ciclovia Franco Montoro, além de outras dependências do Parque Bruno Covas. O custo de todo o projeto passa dos 2,5 milhões de reais, além da manutenção mensal, tudo pago pela iniciativa privada.

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Publicado em VEJA São Paulo de 22 de junho de 2022, edição nº 2793

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