40 pessoas morreram em decorrência de chuvas no Litoral Norte

Há 40 pessoas desaparecidas e 2 496 desabrigados e desalojados; volume de chuva na região foi o maior registrado na história do país

Por Hyndara Freitas
Atualizado em 20 fev 2023, 18h35 - Publicado em 20 fev 2023, 18h34
Chuvas em São Sebastião
 (Defesa Civil do estado de São Paulo/Divulgação)
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As fortes chuvas que atingiram o Litoral Norte de São Paulo já deixaram 40 mortos, de acordo com o Capitão Paulo Reis, do Corpo de Bombeiros. Há 40 pessoas desaparecidas, mas o número pode ser maior pois é necessário que alguém notifique a Prefeitura ou a Defesa Civil sobre o desaparecimento.

Há 2 496 pessoas desalojadas ou desabrigadas.  Das 40 mortes, 39 ocorreram em São Sebastião e uma em Ubatuba. Há mais de 600 pessoas trabalhando nas buscas, que se seguem nos próximos dias, entre bombeiros, policiais, agentes da Defesa Civil, do Exército Brasileiro e voluntários.

No início da tarde desta segunda (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobrevoou as áreas afetadas, prometeu “trabalho conjunto” para ajudar nas buscas e reconstruir a cidade e estabeleceu um canal direto com o governo estadual para enviar reforços e recursos conforme a necessidade. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) está no local desde a tarde do último domingo (19) e transferiu seu gabinete para São Sebastião.

O Fundo Social de São Paulo está recebendo doações de alimentos não perecíveis, água potável, materiais de higiene e limpeza, colchões e cobertores para auxiliar as vítimas de São Sebastião. As doações devem ser entregues no depósito do fundo, na Avenida Marechal Mario Guedes, 301 no Jaguaré, Zona Oeste da capital.

Recorde de chuva

Este foi o maior acumulado de chuva que se tem registro no país, com 682 milímetros em 24 horas. Em 2022, Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, teve 530 milímetros de chuva acumulada no mesmo período, e em 1991, Florianópolis (SC), teve 400 mm em apenas um dia.

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O temporal registrado no Litoral Norte, segundo o Centro Nacional de Previsão de Monitoramento de Desastres (Cemaden), resultou no acumulado de 682 mm em Bertioga, 626 mm em São Sebastião, 337 mm em Ilhabela, 335 mm em Ubatuba e 234 mm em Caraguatatuba.

Na história de São Paulo, a maior tragédia relacionada a chuvas ocorreu em 18 de março de 1967 em Caraguatatuba, também no Litoral Norte, quando foram registradas 487 mortes, mas estima-se que o número tenha sido muito maior.

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