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“Chuva de tintas neles”, disse jovem acusada de pichar Pátio do Colégio

Isabela Tellerman Viana, de 23 anos, foi presa na noite de quinta (12)

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 13 abr 2018, 17h09 - Publicado em 13 abr 2018, 09h11

A investigação que culminou com a prisão de duas pessoas acusadas de pichar o Pátio do Colégio, na madrugada da última segunda-feira (9), começou após uma postagem no Facebook da fotógrafa Isabela Tellerman Viana, conhecida como Isabel Tell, de 23 anos, uma das duas detidas. Os dois (o outro suspeito, João Luís Prado Simões França, seria o líder do grupo) foram liberados e vão responder a crime ambiental, com pena de três meses a um ano, além de terem que pagar uma multa de 10 000 reais imposta pela prefeitura.

O texto, publicado na manhã de terça e logo apagado, contava como ela e outros quatro amigos teriam executado o plano de vandalizar a fachada do prédio. “Mais uma madrugada animada, centro de São Paulo. Já se passa de meia-noite, viradinha de segunda é classique, gosto assim, gangue (das boas) reunida. Conspiração bem articulada (mas ó, fica esperto com as 360 da GCM). Joga esse cobertor de dingo na cabeça e vambora, vou nessa peruca, longos fios ruivos (muitos risos)”.

Na sequência, Isabela postou “Chuva de tinta neles”.

A peruca à qual ela se refere é uma usada por um dos colegas e que é vista nas imagens das câmeras de segurança.

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Após a publicação ser apagada, Isabela postou no Instagram da página Riscos Urbanos, administrada por ela,  um vídeo (posteriormente editado) que mostrava a preparação da tinta vermelha utilizada no ato de vandalismo (veja a imagem no fim desta reportagem). Depois de colocar o líquido em dois extintores de incêndio, os pichadores foram a um posto de combustível e usaram um compressor de ar.

A VEJA SÃO PAULO, por telefone, Isabela negou que tivesse participado da pichação, apesar de  foto publicada logo após a ação receber o crédito da página dela, a Riscos Urbanos, e afirmou que não daria mais detalhes. “Quando a gente vê um espetáculo daqueles sendo noticiado logo cedo, a imaginação vai longe, né? Fico feliz que você tenha se interessado no conto, uma pena ser ficção”, diz.

Aos 23 anos, Isabela responde a um processo criminal por um incêndio que ocorreu em 2014 no Jockey Club. Segundo o boletim de ocorrência, ela saía de uma festa na Universidade de São Paulo (USP) e parou no local com outros dois amigos, para ver o nascer do sol, quando o fogo tomou parte de uma estrutura. Após a chegada dos bombeiros, o trio foi detido e encaminhado para a delegacia. O caso ainda não chegou ao Tribunal de Justiça.

(Reprodução/Facebook/Veja SP)

Moradora da Zona Oeste, Isabela formou-se em fotografia pelo Senac. A polícia acredita que a jovem e seus amigos pichadores tenham vandalizado outras estruturas, como no Masp e no Ibirapuera.

O prefeito regional da Sé, Eduardo Odloak, disse que a multa de 10 000 reais será aplicada e que os acusados poderão entrar com recurso administrativo e trocar a penalidade por prestação de serviço à comunidade. “Que isso sirva de exemplo. A cidade não admite mais esse tipo de vandalismo”.

Confira o vídeo que mostra a preparação de tinta: 

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