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“Eu me vi sem chão”, diz designer que teve casa destruída pela chuva

Temporal da última quarta (10) provocou estragos na residência e local de trabalho de Willian André Carvalho dos Santos, de 25 anos

Por Tatiane de Assis Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 13 fev 2021, 17h52 - Publicado em 13 fev 2021, 17h49
Will, do Afro-Perifa e foto da sua casa destruída: estragos provocados pela chuva de quarta (10)
Will, do Afro-Perifa e foto da sua casa destruída: estragos provocados pela chuva de quarta (10) (Arquivo Pessoal/Veja SP)
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O designer de moda Willian André Carvalho dos Santos, de 25 anos, teve sua casa e ateliê danificado com o temporal que ocorreu na última quarta (10).

Quando a chuva começou, ele estava em uma reunião com uma costureira no bairro de Perus. “Eu tenho uma marca de roupa, chamada Afro Perifa. Estávamos conversando sobre a próxima coleção”, relembra ele, que se deparou com estragos logo quando voltou ao seu ateliê: “A água tinha entrada por uma das portas e danificou meu notebook e uma das máquinas que utilizo na confecção, uma prensa térmica.” Cerca de quinze minutos depois, sua avó ligou e pediu que fosse correndo para casa. Outras más notícias estavam por vir.

Andar superior da casa do designer de moda Will, do Afro Perifa: avarias com a chuva
Andar superior da casa do designer de moda Will, do Afro Perifa: avarias com a chuva (Arquivo pesoal/Veja SP)

“Os vizinhos me viram e pediram para eu ter calma. Fiquei nervoso, achei que tinha morrido alguém”, conta Will, como é conhecido no bairro.  Não demorou muito, ele notou o estrago. O vento destruiu também cobertura do andar superior da casa, onde ele mora, levando as telhas e madeiras.

“Fiz um puxadinho, concluí ele agora em agosto, ainda nem terminei de pagar os empréstimos”, explica. No andar debaixo, onde vivem a mãe, a avó e os seus irmãos também houve avarias. “A água desceu e estragou os móveis e aparelhos eletrônicos”, desabafa.

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“Em menos de 1 hora, eu me vi sem chão, com tudo que construí, destruído”, completa ele, que para reverter a situação, criou um financiamento colaborativo na plataforma Benfeitoria, onde tenta angariar 100 000 reais para fazer os reparos. “Muita gente tem colaborado, é uma corrente do bem que agradeço muito. Ainda estou tentando digerir tudo”, finaliza Will.

 

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