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Cauby Peixoto morre aos 85 anos

Ele estava internado com um quadro de pneumonia; velório será na Alesp, em São Paulo

Por Veja São Paulo
Atualizado em 1 jun 2017, 16h10 - Publicado em 16 Maio 2016, 09h53

Antigo ídolo de multidões, o cantor Cauby Peixoto morreu neste domingo (15) em decorrência de uma pneumonia. O músico estava internado no hospital Sancta Maggiore, no Itaim. Ele tinha 85 anos e seu velório será realizado no salão nobre da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo a partir das 9h. O sepultamento está previsto para as 16h30 no Cemitério Congonhas.

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Na página do Facebook do mais ativo fã clube do músico, sua morte foi lamentada no início desta madrugada: “Com muita dor e pesar informamos aos amigos e fãs que nosso ídolo Cauby Peixoto acaba de falecer as 23:50 do dia 15 de maio . Foi em paz e nos deixa com eterna saudades. Pra sempre Cauby!”.

O governador Geraldo Alckmin trambém divulgou nota de pesar: “O Brasil perde um de seus maiores cantores. Na voz irretocável e inesquecível de Cauby Peixoto foram imortalizados clássicos marcantes da música brasileira. Sua paixão ao público e à arte o acompanharam desde a década de 40 até os seus últimos dias. Nossos sentimentos a todos os seus amigos e fãs”.

Carreira

Uma das mais belas vozes da música brasileira, Cauby teve uma longa carreira fazendo o que ele mais gostava: apresentando-se nos mais variados palcos. Em São Paulo, ficaram célebres seus shows no Bar Brahma.

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Cauby pertencia ao grupo das grandes vozes da Era do Rádio. Na década de 50, sua fama era tão grande que as fãs iam à loucura de maneira espontânea ou artificialmente. Para torná-lo ainda mais popular, um grupo de team-leaders bem treinado o perseguia não apenas durante as apresentações, mas em lugares públicos como aeroportos e nas ruas. Alucinadas, gritavam o nome do artista, tinham faniquitos e até desmaiavam. Seu talento, porém, era inegável.

Embora estivesse radicado em São Paulo, Cauby nasceu em Niterói em 10 de fevereiro de 1931 ainda sem o ípsilon no nome. Vinha de uma família de músicos. Seu pai, o violonista Cadete, era sobrinho do pianista Nonô e primo do cantor e compositor Ciro Monteiro. Os irmãos de Cauby também chamaram a atenção pela veia artística. Moacyr Peixoto era pianista. Trompetista, Arakén Peixoto esteve nos anos de glória do Maksoud Plaza comandando um trio. Também seguiu carreira de cantora a irmã Andyara Peixoto.

Cauby se aventurou por vários gêneros. Se atribui a ele, por exemplo, a gravação do primeiro rock em português — Rock’n’Roll em Copacabana, de 1957. No auge das boates paulistanas, o astro fazia sucesso em casas como a Oásis e a Arpège, ambas no centro da cidade.

O músico também se lançou em carreira internacional nos anos 50. Com um repertório de inspirado por Frank Sinatra e outros astros da canção americana, ele fez temporadas nos Estados Unidos, onde ganhou o apelido de Ron Coby. Chegou inclusive a gravar com o maestro Percy Faith e ter uma participação no longa Jamboree (1957), ao lado de artistas do quilate de Frankie Avalon e Jerry Lee Lewis. Contrariando todas suas expectativas, a carreira internacional nunca decolou.

Cauby Peixoto
Cauby Peixoto ()
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Em solo nacional, tudo ia muito bem. Donos de uma trajetória musical de mais de seis décadas, foi se adaptando aos novos gêneros. Também colecionou parcerias músicas e fez duetos com artistas tão diferentes como Chico Buarque e Carlinhos Brown. Seus discos incluem um álbum gravado em 2009 apenas com música de Roberto Carlos.

Tema do documentário Cauby – Começaria Tudo Outra Vez, lançado pelo diretor Nelson Hoineff em 2014, o músico será lembrado sempre por três de seus maiores sucessos, obrigatórios no shows que realizava no Bar Brahma: Conceição, Bastidores e New York, New York.

Nos últimos vinte anos, Cauby vinha apresentando problemas de saúde. Tanto que em 2000 precisou receber pontes de safena, o que não o impediu de voltar aos palcos um mês depois. Por sua carreira singular, foi escolhido por VEJA SÃO PAULO um dos Paulistanos do Ano em 2007.

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