Caso Henry: babá narrou à mãe tortura que o menino sofreu, diz polícia
Autoridades recuperaram conversas em aplicativo; nelas, a profissional detalha como o vereador Jairinho supostamente agredia a criança
O vereador Dr. Jairinho foi preso temporariamente nesta quinta-feira (8) por ser o principal suspeito do assassinato de Henry Borel, de quatro anos de idade, de quem era padastro. A mãe do menino, Monique Medeiros da Costa Silva de Almeida, também foi detida por supostamente saber das agressões e se omitir. No mesmo dia, a polícia descobriu através do celular da babá da criança, Thayná de Oliveira Ferreira, uma conversa em que ela descreve uma sessão de tortura ocorrida com Henry no dia 12 de fevereiro.
Investigadores do caso consideram as informações obtidas até agora como extremamente contundentes. As agressões aconteceram supostamente em um apartamento dividido entre Jairinho e Monique, no Rio de Janeiro.
Através de prints de uma conversa no WhatsApp, a babá avisou a mãe de Henry que ele e o padastro ficaram trancados em um quarto do imóvel. A TV estava com som alto e, após sair do cômodo, o menino estava machucado com hematomas. Thayná ainda diz que o menino contou ter levado uma banda (rasteira) e chutes, além de reclamar de dores no joelho, na cabeça e estar mancando.
“Então (Henry) me contou que (Jairinho) deu uma banda e chutou ele, que toda vez faz isso”, diz Thayná à Monique em uma das mensagens. O menino chegou a pedir para não ser deixado na sala da casa sozinho.
O diálogo entre as duas aconteceu 26 dias antes da morte de Henry, na tarde do dia 12 de fevereiro. A possível tortura pode ter durado cerca de dois minutos.
A polícia indicou na representação ao Ministério Público do estado do Rio de Janeiro que está diante de um homicídio duplamente qualificado por tortura e emprego de recursos que impossibilitaram a defesa da vítima.
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