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Casais celebrarão casamento em cerimônia comunitária no Dia dos Namorados

Mais de 300 casais oficializarão a união em uma grande e caprichada cerimônia coletiva organizada no Ginásio Poliesportivo do Ibirapuera

Por Humberto Abdo
10 jun 2022, 06h00

Mais de 300 casais aguardam ansiosos pela chegada do próximo Dia dos Namorados, em 12 de junho — e namorados eles todos já são, mas agora vão oficializar a união em uma grande e caprichada cerimônia coletiva organizada no Ginásio Poliesportivo do Ibirapuera com direito a tapete vermelho.

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A data especial foi escolhida pelo Centro de Integração da Cidadania (CIC), da Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo, para um projeto de casamento comunitário realizado todo ano, desde 2004.

“O evento é importante por ser voltado para a população vulnerável e é uma oportunidade para cada casal regularizar a união que já existe ou vai passar a existir”, destaca Fernando José da Costa, secretário da Justiça e Cidadania. “Acompanhei o casamento do ano passado pela primeira vez e foi emocionante sentir a alegria dos casais e familiares.”

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“Eu sempre quis casar e minha parceira também. Quando soube do processo por dica de uma amiga, primeiro me inscrevi e só depois que deu certo comuniquei a ela”, diverte-se Juliana Camilo Gobetti, 27, que mora em Jundiaí com a futura esposa, Daniela Dias Gobetti, 38. “Nós nos conhecemos pela internet e na época ela não queria relacionamento sério, mas depois me pediu em namoro por carta, porque eu morava longe. Desde então, estamos juntas, há um ano.”

Juliana e Daniela aprecem sorrindo em uma selfie
Juliana e Daniela: pedido de namoro feito por carta (Arquivo Pessoal/Divulgação)

Os interessados em participar precisam cumprir uma etapa preliminar no cartório e cada casal deve ter renda total de até três salários mínimos. No caso de um pretendente que já foi casado, o órgão exige a comprovação do divórcio, por exemplo. Pelo menos nove dos 305 casais confirmados para a festa deste ano são homoafetivos e a comemoração terá cerca de 4 000 a 5 000 pessoas, incluindo parentes e convidados.

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As edições anteriores foram mais modestas em tamanho, mas até hoje o projeto já realizou 62 casamentos coletivos, com 5 964 casais no total. E essa é a primeira vez que participam todas as dezoito unidades do CIC localizadas na capital, na Grande São Paulo, no litoral e no interior do estado.

“Com direito à banda da Polícia Militar, presentes-surpresa e a presença do governador, Rodrigo Garcia, e da primeira-dama (Luciana Garcia)”, adianta o secretário. Os casais não têm nenhum custo com a cerimônia.

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Após morarem juntos por dois anos, Raphael Luan, 31, e Carlos Daniel, 22, já cogitavam o casamento e descobriram essa opção pelos seus padrinhos. “Como ele é mais novo, no começo não tinha tanta vontade, mas, de tanto eu falar, acho que acabou gostando da ideia”, conta Raphael. O encontro dos dois se fortaleceu justamente pela diferença de idade, segundo ele.

Carlos e Raphael estão deitados na grama, em lados opostos e sorriem levemente
Carlos e Raphael: amor, drag queens e militância (Arquivo Pessoal/Divulgação)

“Eu criei um bloqueio para novos relacionamentos e pensava que as dificuldades que vivi se repetiriam sempre, mas ele acabou mostrando ter uma mente madura para alguém tão jovem.” Hoje eles ocupam o tempo com viagens e séries de drag queens. “Eu que o viciei nesse universo também”, diz, aos risos.

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“Sou um pouquinho militante e confesso que queria muito fazer parte desse casamento para mostrar que o casal gay também pode ter sua família.”

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Para Madalena Fernandes Santana, a realização do sonho do matrimônio chegou aos 46 anos, depois de ter conhecido o parceiro Wagner Petrônio Santana, 49, há mais de duas décadas. Embora tenham o mesmo sobrenome, eles não são parentes e se cruzaram pela primeira vez quando ela se mudou da Bahia para São Paulo.

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Madalena e Wagner aparecerem em uma 'selfie' sorrindo
Madalena e Wagner: casamento após mais de vinte anos (Arquivo Pessoal/Reprodução)

A relação inicial durou pouco, mas foi retomada há seis anos, quando se reencontraram na capital paulista. “Vai ser um privilégio nosso amor ser celebrado de forma tão linda”, comemora. “Fiquei sabendo dessa alternativa pelo noticiário e estou ansiosa até agora porque nunca casei antes… Mas estou na flor da mocidade!”

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Publicado em VEJA São Paulo de 15 de junho de 2022, edição nº 2793

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