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Cartas sobre a edição 2258

Por Da Redação
Atualizado em 5 dez 2016, 17h21 - Publicado em 3 mar 2012, 00h50


Criminalidade

A reportagem “Somos todos reféns” (29 de fevereiro) veio ao encontro de um grande trauma que sofri há uma semana. No último dia 17 fui abordado por dois homens armados no semáforo do cruzamento das avenidas Nações Unidas e Interlagos. De modo muito violento, levaram a minha moto Honda Falcon 400 cilindradas, que eu havia acabado de pagar recentemente. O texto traz a história do chef Nicolas Dornaus, morto também em Interlagos sob a mesma forma de abordagem. Ou seja, preciso “agradecer” por não ter tido o mesmo fim.

MILTON ALVES JR.

Só mesmo uma publicação com a força e credibilidade de VEJA SÃO PAULO para fazer uma cidade inteira abrir os olhos para o que está acontecendo. Que todos acordem a tempo.

HUGO RODRIGUES

+ Violência gratuita

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Li a reportagem no domingo pela manhã e, por uma infeliz ironia do destino, eu e um amigo fomos abordados ao meio-dia na saída da missa da Paróquia São Pedro e São Paulo, no bairro Cidade Jardim. Os dois marginais estavam bem trajados, bem armados e levaram os nossos relógios. Além de torcer, temos de, literalmente, rezar bastante para que a situação possa um dia melhorar.

LUIS CARLOS DUTRA

Na maior e mais rica cidade brasileira, não podemos mais sair tranquilos para jantar, ir ao teatro ou mesmo ao futebol. Até em nossos lares somos ameaçados por arrastões cinematográficos. Crimes de todas as espécies são cometidos, e os bandidos agem como se não existisse nada que pudesse impedi-los de nos ameaçar, machucar, humilhar e matar. Independentemente da falta de policiamento e de iluminação (São Paulo está completamente às escuras), ainda existe a impunidade. As penas aplicadas aos criminosos são ridículas.

MILTON MOREIRA

Somos mesmo todos prisioneiros do medo. Pessoas amputadas em sua vontade, enrugadas em sua psique, indecisas quanto ao simples fato de sair para comprar o essencial da vida. A brutalidade tem duplo efeito: imediato e mediato, este por sua projeção não só sobre a vítima, mas sobre o inconsciente coletivo desestabilizado. Quando Nova York estava tomada pela bandidagem, registraram-se casos de morte de senhoras por inanição determinada pelo medo de ir ao supermercado. Lá o problema foi resolvido. Até quando, sexta economia do mundo?

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AMADEU GARRIDO DE PAULA

Nenhuma reportagem teria sido mais oportuna. Minha residência foi invadida há poucos dias, entre meio-dia e 1 da tarde, numa quinta-feira normal. Cansei de ouvir das pessoas: “Ainda bem que não tinha ninguém em casa”, como se isso fosse uma vantagem. Levaram tudo. Não falo só dos bens, mas levaram nossa paz, nosso sossego e a nossa vontade de morar em São Paulo.

GILBERTO VILLAS BOAS

Fiquei abismada ao ver os números dos grandes avanços e investimentos feitos pela Secretaria de Segurança Pública. Realmente não foram suficientes. O meu bairro, Jardim São Paulo, na Zona Norte, está completamente abandonado. É raro vermos viaturas. Em quinze dias, no mês de outubro, duas casas na minha rua foram assaltadas (incluindo a minha!).

MARIA ESTHER PACHECO GESUALDI

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O título da capa resume de forma chocante e verdadeira o que é viver em São Paulo nos dias atuais. Ou melhor, no Brasil.

JOSÉ MARQUÊS

O que esperar de um criminoso que tem redução de pena, banho de sol e visita íntima numa prisão imunda? Numa cidade com mais de 11 milhões de habitantes, a vida ou a morte se tornaram indiferentes. Uma banalidade.

MAURO ASPERTI

Moramos numa cidade onde as pessoas de bem vivem acuadas dentro e fora de suas residências, tendo sua pena de morte decretada há muito tempo pelos marginais. E o mais triste é que não vemos, a curto e médio prazos, chance de essa situação se inverter.

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CECILIA REZENDE

O medo é muito, mas mesmo assim ficar em nossa cidade é resistir.

FAUSTO FERRAZ FILHO

Ao receber a revista, me senti apenas mais uma a integrar as estatísticas. No último dia 24 pela manhã, eu e meu marido fomos abordados no bairro de Americanópolis por dois homens armados, que levaram nosso carro, todos os documentos, cartões, cheques e outros pertences que estavam no veículo. Mas o pior não é todo o trabalho que estamos tendo ao ir a bancos, delegacia, Poupatempo e Detran para refazer nossos documentos. Levaram também nosso filhote de Yorkshire de 4 meses, chamado Teco, totalmente inocente e indefeso. É injusto pagar tantos impostos e não receber nada em troca. Nada de educação, saúde e, principalmente, segurança.

SANDRA RURI FUGITA GOMES

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Menos tempo para registrar um BO não é a solução. O segredo é prevenção, é ter policiamento antes de o crime acontecer, colocar uma viatura policial em cada esquina e aumentar a remuneração dos policiais para poder exigir deles melhor formação, custe o que custar. Melhorar o salário dos policiais não é despesa, é investimento. Uma sugestão: cortar 50% da verba destinada à Assembleia Legislativa e transferi-la para a segurança do povo paulista.

ARCANGELO SFORCIN FILHO

Sou moradora do centro e vejo que a criminalidade tomou conta de tudo, desafiando a todos, principalmente ao poder público. As gangues se apoderam de praças (até as mais conhecidas), prédios abandonados (são muitos) e ruas que demonstram ausência de cuidado e de ações concretas por parte de estado e município.

LEUZA RODRIGUES

Desemprego diminuindo, latrocínios e outros crimes aumentando. Bandidos são presos e, na maioria das vezes, têm “várias passagens pela polícia”. Isso quer dizer que a Justiça mandou soltar várias vezes? Pergunta: os juízes nunca se responsabilizam pelos bandidos que mandam soltar?

RUBENS PITLIUK

A violência começa na periferia, onde não há policiamento e usuários de drogas consomem cocaína, crack e maconha livremente pelas ruas. Todas as manhãs, na rua em que moro, em Guaianases, encontro mais de dez pinos de cocaína vazios, utilizados por jovens durante a noite.

LUIZ CLAUDIO ZABATIERO


Jet Ski

Daqui a pouco a família do adolescente que matou a pequena Grazielly (“Brutalidade e fuga”, 29 de fevereiro) vai alegar que a culpa foi da menina, por ela estar lá na areia quando o garoto pilotava o seu jet ski.

BRUNA GUIDETTI

Além da dor imensurável dos familiares dessa criança, o que mais me entristece é a atitude da família do menino que causou o acidente. Que belo gesto de cidadania, respeito com o próximo e, principalmente, exemplo de educação eles deram! Fugiram de suas responsabilidades e alegaram “temer o clamor público”. O mínimo seria assumir a responsabilidade prontamente, pois seria a forma correta de educar um adolescente de 14 anos com princípios de honra, em vez de se esconderem e não prestarem socorro.

FÁTIMA SANTOS

Há incontáveis locais prontos para a repetição da tragédia de Guaratuba, entre os quais o da Ponta da Praia, em Santos. Lá, a prefeitura, irresponsável e incompreensivelmente, autorizou o seccionamento da praia, em prejuízo de milhares de banhistas, para beneficiar meia dúzia de condutores de motos aquáticas, permitindo-lhes acesso pela areia, apesar da existência de várias rampas. Em regra, os pilotos ficam fazendo demonstração de habilidades, sobretudo, dando cavalos de pau, com frequentes quedas, tudo muito próximo das pessoas. Quanto à fiscalização, pode-se dizer que, na prática, inexiste.

LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA

Estávamos no Carnaval em Maceió, na Praia do Gunga, e os jet skis passando a pouquíssimos metros dos banhistas. Quando reclamamos a um deles, tivemos de ouvir que ele sabia o que estava fazendo.

MARIA AMALIA LEÃO DE ARAUJO


Carnaval

A última vez que fui a desfile de escola de samba em São Paulo foi em 1982, e jogo de futebol, em 1976, quando levei uma laranja na cabeça. Por isso, enquanto esses dois eventos forem dirigidos por gente que não tem qualificação, ficarei assistindo em casa pela televisão (“O vandalismo dos bárbaros”, 29 de fevereiro).

EDSON BOLOGNANI

+ Violência nos estádios

Está provado, pelos últimos anos, que torcidas uniformizadas e samba não combinam e não podem se cruzar. O Brasil e São Paulo são muitíssimo maiores que um grupelho de crápulas travestidos de defensores de alguma coisa.

ANTONIO JOSÉ GOMES MARQUES


Matthew Shirts

Adorei o texto “A teoria das encomendas” (29 de fevereiro). Sou aluno do professor Tota e ele conta essas histórias na aula, principalmente sobre encomendas de vídeos e CDs.

HUMBERTO CIMINO

Meu marido é piloto de aeronaves e, ossos do ofício, vive a viajar. As pessoas, não sei se por serem dotadas de pouco tutano, ou talvez por não possuírem freio inibitório, sempre lhe pedem encomendas. Somente para citar algumas: peça de guitarra, coloração para a pena da ave (essa foi uma das mais bizarras), livros (tão levinhos), ferradura para cavalos e — por que não? — tintura para cabelo. Acho que a brasilidade tem seus limites. Ou, ao menos, deveria ter. As pessoas, na ânsia de fazer o negócio da China, usam e abusam dos pobres viajantes, que, além de carregar seus próprios pertences, são incumbidos de trazer as tais encomendas!

TATIANA SILVERIO

Lembrei-me das diversas ocasiões em que viajei com desenhos de pés e cordões de medidas, mas eu me recordo em especial da primeira vez em que meus pais foram à Europa, há trinta anos, e encomendaram a eles um par de patins, que naquela época tinham botas que pareciam coturnos do Exército e rodas enormes. Eu mesmo pedi um exemplar de “Cosmos”, de Carl Sagan, mas ganhei uma miniatura de um Fórmula 1. Conclusão, virei colecionador .

WANDERLEY AUGUSTO

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