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João Doria é investigado por propaganda eleitoral antecipada

Ministério Público Eleitoral quer saber se irregularidades foram cometidas em jantar que candidato do PSDB participou

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 27 dez 2016, 16h39 - Publicado em 18 jul 2016, 11h13
João Doria
João Doria (Ricardo Dangelo/)
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Antes mesmo de formalizar sua candidatura, o empresário João Doria, nome do PSDB para a disputa pela Prefeitura de São Paulo, é alvo de investigação do Ministério Público Eleitoral de São Paulo que apura se ele fez propaganda eleitoral antecipada. Promotores desconfiam de que ele teria se beneficiado de jantar promovido por empresa. 

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A apuração tem como alvo a participação de Doria em um jantar oferecido no início de junho pela empresa Gocil, parceira do Grupo Lide, uma associação de empresários organizada pelo empresário. Além de ser proibida a doação ou qualquer tipo de financiamento de empresas para políticos e partidos, a legislação eleitoral proíbe que pré-candidatos realizem eventos políticos que não sejam financiados pelo próprio partido.

Ao discursar no evento, Doria disse que, se eleito, ficaria apenas quatro anos à frente da prefeitura e, após esse período, gostaria de olhar para as pessoas e dizer: “Cumpri o meu dever com honra e honestidade e fui um bom prefeito dessa cidade”. O conteúdo do vídeo foi publicado pelo jornal Folha de S.Paulo. Segundo o MP, o jantar foi patrocinado pela Gocil, a um custo de 60 000 reais.

O empresário também já foi alvo de representação por suspeita de abuso de poder econômico durante o processo de prévias para a escolha do candidato tucano à prefeitura.

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A representação foi feita pelo ex-governador paulista Alberto Goldman, que integra a Executiva nacional do PSDB, e pelo senador tucano José Aníbal (SP). Ambos apoiaram na disputa interna o vereador Andrea Matarazzo, que abandonou as prévias no segundo turno e deixou o PSDB; Matarazzo se filiou ao PSD e também é pré-candidato a prefeito na capital paulista.

Goldman e Aníbal acusaram o empresário de comprar votos nas primárias tucanas, oferecer comida e até promover churrasco para militantes do partido na capital paulista.

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Lide

A empresa afirmou que o evento foi um “jantar empresarial” sem nenhuma relação conotação política oferecido “em homenagem” a Doria.

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O advogado Anderson Pomini afirma que o jantar foi uma homenagem a Doria feita por uma empresa associada ao Lide em razão de seu afastamento do comando da associação para se dedicar à candidatura. “É um jantar que não tem nada a ver com campanha. É um jantar em homenagem ao empresário João Doria”, disse. “Quais foram os convidados? Todos os associados vinculados à Lide. Então não tem nada de irregular, é um absurdo.”

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Sobre a ação apresentada por Goldman e Aníbal, o advogado classificou como o “inconformismo daqueles que não venceram as prévias”. 

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