Mulher pede socorro pela internet após ficar presa e apanhar do marido
Vítima postou foto de mão com ‘X’ rosa, sinalizando que sofria violência doméstica; postagem chegou à polícia, que abordou veículo em Bady Brassitt
Um caminhoneiro de 41 anos foi preso em flagrante por cárcere privado e violência doméstica após sua mulher pedir socorro nas redes sociais. A prisão aconteceu na tarde de quinta-feira (25), na altura do quilômetro 78 da BR-153, em Bady Bassitt (SP).
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), as postagens da mulher, em que afirmava ser agredida pelo companheiro, chegaram por meio de compartilhamentos aos policiais.
Então, a partir do número da placa do veículo e do relato da mulher, as autoridades policiais abordaram, na cidade de Bady Bassitt, o caminhão, que estava carregado de madeira. A vítima apresentava sinais de violência no rosto e afirmou que era agredida pelo homem. Segundo a polícia, o casal é de Anápolis (GO) e seguia de Santa Catarina até Brasília (DF) para a entrega da carga.
O agressor foi levado à delegacia da cidade, onde foi preso em flagrante por violência doméstica e cárcere privado e encaminhado à prisão. A mulher passou por exame de corpo de delito e foi ouvida.
Ainda segundo a PRF, o homem era investigado em outros inquéritos pelo mesmo crime, mas não havia medida protetiva contra ele.
Campanha “Sinal Vermelho”
A campanha para ajudar mulheres vítimas de violência doméstica foi lançada em junho de 2020, em parceria entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).
Segundo o CNJ, a iniciativa tem por objetivo ajudar mulheres em situação de violência a pedirem ajuda. Inicialmente, a campanha foi criada em parceria com farmácias do país, mas depois ganhou força em outros tipos de comércio e também nas redes sociais.
O protocolo para pedir socorro é simples. A vítima deve fazer um “X” vermelho na palma da mão, que pode ser feito com caneta ou mesmo um batom. Com isso, a mulher sinaliza que está em situação de violência e recebe ajuda dos comerciantes, que devem acionar a polícia.
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