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Entenda como são feitos os cálculos de público da PM e do Datafolha

A Polícia Militar estimou em 1 milhão os participantes do protesto no domingo (15); o Datafolha, em 210 000 pessoas

Por Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 12h41 - Publicado em 16 mar 2015, 20h17
Manifestação contra Dilma - 15 de março
Manifestação contra Dilma - 15 de março (Mario Rodrigues/)
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Em manifestações ou eventos ao ar livre que ocorrem em São Paulo, a quantidade de participantes costuma virar ponto de discórdia. Os organizadores dos atos, a Polícia Militar e os institutos de pesquisa que eventualmente fazem a medição de público, como o Datafolha, normalmente têm resultados diversos em suas análises. Não foi diferente no último domingo (15), no protesto contra o governo federal que tomou a Avenida Paulista.

+ Confira cobertura completa dos protestos

A PM divulgou um número redondo: 1 milhão de pessoas teriam participado do evento. Já o Datafolha – instituto que também realiza pesquisas de opinião na área de mercado e durante os períodos eleitorais – contabilizou 210 000 manifestantes. As duas contagens têm uma diferença considerável de quase 800 000 pessoas.

Na sexta (13), um ato pró-Petrobras e reforma política reuniu no mesmo local 100 000 pessoas de acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), uma dos principais líderes da passeata. A PM contabilizou 12 000, enquanto o Datafolha falou em 41 000 participantes. Confira como cada instituição explica seu método:

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Datafolha

O instituto de pesquisas contabilizou 210 000 pessoas diferentes no protesto de domingo (15) durante todo o dia – ou seja, levou em conta que nem todos chegaram, permaneceram e foram embora exatamente no mesmo período. O horário de pico se deu às 16h, quando 188 000 dividiram espaço na Avenida Paulista simultaneamente.

O Datafolha considera que uma área de 116 000 metros quadrados da Paulista (que tem 2,5 quilômetros de extensão) era passível de ocupação – exclui da conta, por exemplo, partes do canteiro central cobertas por tapume por causa das obras da futura ciclovia. Os analistas também levam em consideração que nem todo esse espaço é ocupado de maneira homogênea – havia mais gente perto do Masp, por exemplo, do que nas extremidades da avenida.

+ Assista à vídeo sobre as manifestações

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Os cálculos foram feitos com base tanto em um programa de georreferenciamento quanto no trabalho de campo de cerca de trinta pesquisadores. A função deles era determinar quantas pessoas por metro quadrado havia em determinado local da Paulista, refazendo a contagem de hora em hora e realizando entrevistas para saber há quanto tempo os manifestantes estavam ali. 

Para o Datafolha, a ocupação máxima da avenida é de 948 000 pessoas ao mesmo tempo – o que, segundo eles, não ocorreu ontem. Para isso, era necessário que em toda sua extensão houvesse sete pessoas por metro quadrado, algo semelhante a um metrô cheio em horário de pico. 

Polícia Militar

Em nota, a PM afirma que usou uma “ferramenta tecnológica” chamada Copom Online, que “utiliza recursos de mapas e georreferenciamento, baseados nas imagens aéreas” colhidas por um helicóptero. O parâmetro de cálculo foi de cinco pessoas por metro quadrado desde a Praça Oswaldo Cruz, em uma das pontas da avenida, até o extremo oposto, na Rua da Consolação. Além disso, a Polícia considerou os manifestantes nas ruas adjacentes à Paulista e no vão do Masp

Segundo a corporação, o horário de pico do protesto foi às 15h40, com 1 milhão de pessoas na avenida.

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