Continua após publicidade

Marca Brooksfield Donna é acusada de utilizar mão de obra escrava

Bolivianos costuravam doze horas por dia; em nota, o grupo Via Veneto informou que " seus fornecedores são empresas certificadas"

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 27 dez 2016, 17h05 - Publicado em 20 jun 2016, 15h36
brookesfield
brookesfield (Divulgação/Site/)
Continua após publicidade

Uma auditoria realizada pelo Ministério do Trabalho e Previdência apontou que a Brooksfield Donna, marca feminina de luxo do grupo Via Veneto, utilizava mão de obra escrava em uma de suas fábricas de roupas, localizada na Zona Leste de São Paulo. As informações foram antecipadas pela ONG Repórter Brasil.

Segunda a auditoria, uma das funcionárias é filha do dono da fábrica, Felix Gonzalo. A menina tem 14 anos. No entendimento dos auditores, costura é uma das atividades para a qual é proibida a contratação de pessoas menores de 18 anos. De acordo com o texto, trabalhar com objetos perfurantes, como máquina de costura, “está entre as piores formas de trabalho infantil”. Os fiscais encontraram no local mais duas crianças.

+ Edson Celulari publica foto careca

Na casa onde funciona a fábrica, os auditores flagraram cinco bolivianos que costuravam ao menos doze horas por dia, sete dias por semana, e moravam dentro do local de trabalho. O imóvel não conta com extintores e tem rede elétrica improvisada. A auditoria alertou ainda para riscos de incêndio já que o chão estava forrado de tecidos. 

Continua após a publicidade

Ainda segundo o texto do Ministério do Trabalho, “as condições de segurança e saúde eram inexistentes, tanto nos locais de trabalho, como nos locais de moradia”. O documento diz que a empresa se recusou a pagar os direitos trabalhistas dos cinco funcionários, estimados em 17 800 reais e, por isso, deve ser processada pelo Ministério Público do Trabalho. Na loja, um vestido de seda de estampa geométrica, cujo tecido foi encontrado na fábrica, custa em média 900 reais.

+ Ministério Público Eleitoral investiga jantares de Doria

Em nota, o grupo Via Veneto afirmou que “não terceiriza a prestação de serviços e seus fornecedores são empresas certificadas”. Disse ainda que “a empresa não mantém e nunca manteve relações com trabalhadores eventualmente enquadrados em situação análoga a de escravos pela fiscalização do trabalho e que sempre esteve à disposição dos órgãos públicos para prestar todos os esclarecimentos necessários à correta apuração dos fatos”.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de 39,96/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.