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Brincos longos anunciam tempos de glamour e diversão

Esta é a proposta da alta joalheria e das marcas mais finas de moda

Por Simone Esmanhotto
Atualizado em 5 dez 2016, 18h10 - Publicado em 16 abr 2011, 00h46

Experts em joalheria costumam contar a história das ambições do ser humano pela preferência de uma época por esta ou aquela peça. Anéis, para a historiadora Diana Scarisbrick, valem mais quando é preciso enviar mensagens ofuscantes de poder. Não é de espantar que dedos carregados com 22 joias de pedras e diamantes reluzam no retrato do cardeal Alberto de Brandenburgo, um dos adversários pesos-pesados de Martinho Lutero, pintado por Lucas Cranach. Na Renascença, equivaliam a supermáquinas — o cardeal ostentava nas mãos, portanto, uma frota de Lamborghinis, Ferraris, Aston Martins. O que significa, então, o súbito retorno dos giga-brincos? Nos desfiles de alta-costura da Armani Privé e de prêt-à-porter de Chanel, Christian Dior, Louis Vuitton, eles desbancaram os onipresentes colarzões. No mundo dos quilates, o novo comprimento também impera — das grifes estrangeiras Van Cleef & Arpels e Tiffany & Co. às nascidas no Brasil Carla Amorim e Jack Vartanian. “A procura em leilões demonstra que brincos pendentes são as joias mais cobiçadas no momento. São tão usáveis e femininos que raramente alguém se desfaz de uma peça de família”, diz Keith Penton, especialista em tesouros cintilantes da Christie’s, de Londres. 

“Brincos compridos parecem uma mecha de cabelo ao vento”, diz Jack Vartanian. “Eles têm sex appeal: estão para a joalheria assim como minissaias estão para as roupas.” Vartanian começou nos 8 centímetros até chegar à medida atual. Cada par tem cerca de oitenta fios (quarenta para cada lado) de ouro, pesa 18 gramas e custa 10.500 reais. É o máximo, segundo o joalheiro, que os lóbulos aguentam com classe. O peso, portanto, é o que limita a centimetragem das joias — caso do par Bulgari, lançado em março. Com total de 16,23 quilates de safiras e 14,56 quilates de diamantes, o par (único) da alta joalheria da casa italiana também suinga em torno de 10 centímetros. Feitos de metal não precioso, plástico, cristais falsos, os brincos de grife são mais leves e, por consequência, dramaticamente mais longos do que os exemplares da joalheria com J maiúsculo. As franjas de metal Chanel medem o dobro das de Vartanian. Na Louis Vuitton, os fios de cerca de 30 centímetros foram fundamentais para reforçar a ideia de glamour e diversão à moda da discoteca dos anos 70. “É a hora das mulheres que amam gloss e glitter”, diz o estilista Marc Jacobs, que requisitou maquiagem exagerada, bem festa, à altura. E os brincos longos estão aí para chacoalhar nas pistas de dança mais privês do mundo. 

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