Bandeiras podem ser retiradas de pontes da capital

Elas foram hasteadas sem autorização do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp)

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 30 mar 2018, 14h28 - Publicado em 30 mar 2018, 14h10
Bandeiras na ponte Cidade Jardim: objetivo é instalar bandeiras em 28 pontes nas Marginais do Tietê e do Pinheiros (Reprodução/Facebook/Veja SP)
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Na última semana, quem passou pelas pontes das Bandeiras, na Zona Norte, além das pontes Estaiada e Morumbi, na Zona Sul, encontrou várias bandeiras do Brasil hasteadas nas construções. O autor da ação foi o movimento “Eu Amo o Brasil”, que se define como uma associação sem fins lucrativos e apartidária de “resgate ao patriotismo”.

A instalação foi autorizada pela Prefeitura de São Paulo. O problema é que o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) não foi consultado para isso.

Em nota, a gestão do prefeito João Doria (PSDB) disse que o responsável pelo projeto deve submetê-lo ao Conpresp. “Caso o conselho não aprove o pedido, as bandeiras poderão ser retiradas, uma vez que trata-se de instalação provisória”, informa a administração municipal.

De acordo com o site do “Eu Amo o Brasil”, a iniciativa faz parte de uma campanha chamada “Embandeirando SP”, que teve início em 2017, e pretende instalar 255 bandeiras na capital. Com a justificativa de promover o patriotismo, já foram instaladas dezenove itens só este ano.

Em fevereiro, a Ponte Imigrante Nordestino, na Marginal Tietê, recebeu quarenta bandeiras. Na última terça-feira (27), a Ponte Morumbi ganhou outras 40. Um dia depois, na quarta-feira (28), foi a vez da Ponte Estaiada, que recebeu um mastro de 31 metros de altura com bandeira de 54 metros quadrados. No mesmo dia, a Ponte das Bandeiras recebeu o maior aporte até então: 54 itens.

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No ano passado, o movimento hasteou doze bandeiras na Ponte Cidade Jardim, na Marginal do Pinheiros; 28 na Avenida Brasil e uma no Centro Educacional Unificado de Paraisópolis (CEU).

Segundo o movimento, o objetivo é instalar bandeiras em 28 pontes nas Marginais do Tietê e do Pinheiros. O perfil no Facebook divulga fotos e vídeos das ações e divulga reportagens que exaltam o Brasil e os brasileiros.

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