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Casas paulistanas apostam em bandas para acompanhar o karaokê

Substituindo toques eletrônicos, músicos profissionais dão o tom para cantores amadores

Por Juliana Borges
Atualizado em 1 jun 2017, 18h33 - Publicado em 21 Maio 2011, 00h50

Saem de cena o som do tecladinho eletrônico, o telão com a letra da canção sobreposta a uma imagem de cachoeira e mensagens supostamente encorajadoras como “tente com mais ânimo!”. O karaokê renasceu das cinzas na noite paulistana numa nova versão, em que os participantes são acompanhados por uma banda profissional com guitarra, baixo e bateria, à moda dos clubes de Nova York e de outras metrópoles internacionais. Longe do clima dos playbacks, eles reúnem até quem torcia o nariz para o festival de amadores desafinados. “Com a música ao vivo, fica muito mais fácil entrar no espírito”, dizia Rene Nunes, após descer na semana passada do palco do Bar Secreto, em Pinheiros, onde fez performance de “Bichos Escrotos”, dos Titãs, com direito a caras e bocas.

Desde o início do ano, o endereço reserva as quartas-feiras para abrir o microfone a seus frequentadores. Batizada de Isto Não É um Karaokê, a balada ficou famosa em abril, quando os integrantes do U2, Bono incluso, apareceram por lá com o ex-jogador Ronaldo e deram canja de hits como “Psycho Killer”, do Talking Heads. O vídeo foi parar no YouTube e teve mais de 400.000 visitas. Hoje, nos dias reservados a esse tipo de show, pelo menos 200 clientes se acotovelam na pequena pista de dança aguardando a vez de arrasar (ou não) diante da plateia. A participação segue o sistema trivial: desde a abertura dos trabalhos, um menu de títulos disponíveis circula por ali, e os interessados são chamados por ordem de inscrição. 

Karaoke no Seu Miagui 2218
Karaoke no Seu Miagui 2218 ()

O bar Seu Miagui, aberto em fevereiro no Itaim Bibi, tem uma proposta semelhante. Todos os domingos, entre 17 e 22 horas, a casa atrai cerca de 300 pessoas. Os “crooners” são acompanhados por uma banda e por um vocalista que completa as lacunas da interpretação em caso de “pane” do candidato, o que incentiva quem tende a ficar tímido nessas situações. “Com as mudanças no conceito, atraímos um público que não costuma vir a esse tipo de casa”, diz Beto Delfini, um dos sócios.

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É o caso das amigas Renata Motta, Renata Bagnolesi e Letícia Cintra, que subiram ao palco pela primeira vez juntas para entoar hits de Lulu Santos. “Cantar em grupo é bem mais fácil”, pondera Letícia. Ali, a programação musical é diversificada e vai de Kid Abelha a Banda Eva.

Já no Berlin, na Barra Funda, apenas o rock é bem-vindo. O local promove, no último sábado de cada mês, a festa Rockstar por 3 Minutos. A letra é exibida num telão, e quem entrar no site da casa com uma semana de antecedência pode escolher um hit que não está na lista. Até o momento, a onda não tirou público dos antigos karaokês. Um desses clássicos, o Box Kampai, na Avenida Liberdade, continua recebendo cerca de 200 pessoas às sextas e sábados. “Quanto mais cantores na cidade, melhor”, afirma a proprietária Tiemi Okado Iritani.

 

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