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Banco Itaú mostra acervo de arte contemporânea

Exposição contempla a arte brasileira feita entre 1981 e 2006

Por Orlando Margarido
Atualizado em 5 dez 2016, 19h22 - Publicado em 18 set 2009, 20h34

Fundado em 1945, o Banco Itaú passou a investir em arte dois anos depois, quando o futuro presidente do conselho de administração Olavo Setúbal teve a idéia de formar uma coleção. O acervo, atualmente com 3.000 peças, acolheu de início trabalhos da era pré-colombiana, de artistas-viajantes e de mestres brasileiros. Nos anos 80, o banco abriu-se para a produção contemporânea em função do gosto pessoal de um dos sete filhos de Setúbal, Alfredo, vice-presidente e desde então responsável por boa parte das novas aquisições. Foi naquele momento que a holding inaugurou o Instituto Cultural Itaú, hoje rebatizado de Itaú Cultural. Aberta em 1987, a instituição nasceu acanhada na Avenida Paulista e, oito anos mais tarde, ganhou um edifício próprio moderníssimo no mesmo endereço. Ali – especialmente depois da entrada em cena de Milú Villela, prima de Setúbal que também dirige o Museu de Arte Moderna (MAM) –, uma eclética programação atrai anualmente cerca de 200.000 pessoas interessadas em assistir a peças de teatro, shows, mostras de cinema ou em participar de seminários. A partir de quarta (21), essa trajetória de duas décadas será comemorada com a bela mostra Coleção Itaú Contemporâneo – Arte no Brasil 1981-2006. Trata-se de um lote de 127 das 500 obras adquiridas no período, a maioria delas mantida na sede do grupo, longe dos olhos do público. A exposição contempla nomes que se pautam pela arte de vanguarda desde os anos 50, segmento que o Itaú Cultural costuma privilegiar. Alguns são artistas prestigiados pela crítica, como no caso das cariocas Adriana Varejão e Beatriz Milhazes. Estrelas da chamada Geração 80, suas telas atualmente chegam a custar 100.000 dólares. “Eu mesmo comprei um quadro de Beatriz há dez anos, quando o preço ainda era acessível”, lembra Olavo Setúbal. Claro que os novíssimos selecionados não alcançam tal valorização e devem ser apreciados como uma aposta do comprador. A videoarte de Eder Santos e uma pintura de Jarbas Lopes feita sobre lona de propaganda política são alguns dos recentes trabalhos incorporados ao acervo. “É raro e corajoso um colecionador de longa data ter olhos para a novidade, principalmente quando se trata de uma arte radical”, afirma o professor José Roberto Teixeira Coelho, atual curador-coordenador do Masp e responsável pela mostra e pelo volumoso livro que a acompanha. “Estes foram os princípios que me nortearam na escolha das obras.” ITAÚ CONTEMPORÂNEO – ARTE NO BRASIL 1981-2006. Itaú Cultural. Avenida Paulista, 149, tel: 2168-1776, Metrô Brigadeiro. Terça a sexta, 10h às 21h; sábado, domingo e feriados, 10h às 19h. Grátis. Até 27 de maio. A partir de quarta (21).

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